Últimas Notícias

Economia

Sociedade

Ciência e Tecnologia

Cultura

Mostrar mensagens com a etiqueta Sociedade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sociedade. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Food Waste


Ler mais ...

Gender Equality


Autores:
Clara Pinto, 9ºA
Henrique Dias, 9ºA
Rita Sousa, 9ºA
José Paulo Monteiro, 9ºA

Ler mais ...

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Solidão sénior


O trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Sociologia tem como finalidade alertar a comunidade escolar para o problema social do envelhecimento da população, um tema bastante perturbador e preocupante hoje em dia. 
A escolha deste tema surgiu porque a solidão na terceira idade é algo que me perturba e envergonha, sobretudo quando penso que é um fenómeno cada vez mais frequente na nossa sociedade, a qual até aparenta ser muito evoluída. Contudo, é esta sociedade que reage de uma forma pouco justa relativamente aos idosos e ignora o problema do envelhecimento, chegando a ser considerado um tabu hoje em dia. Além disto, a solidão é um problema social que tende a aumentar. Portugal apresenta uma população muito envelhecida e, portanto, cada vez mais vai ter que lidar com os idosos e todos os seus problemas em vez de os ignorar assim como todas as suas necessidades. 
No trabalho abordei o assunto da solidão nos idosos, as formas de institucionalização, como é encarado este fenómeno pela sociedade atual e até a importância da internet no mesmo e concluí que, na verdade, é um problema ainda em crescimento e que não tem para já ponto de parar tão cedo. 
 Concluí que a solidão nos idosos traz muito mais do que apenas a depressão nos mesmos. Com esta negligência por parte da sociedade, além de se sentirem isolados, os idosos tendem a perder a qualidade de vida. Além disso, na Europa existem cada vez mais idosos sozinhos, muitos deles com condições financeiras precárias, ou seja, esta precariedade faz também com que careçam de cuidados de higiene, alimentação e outros. Em acréscimo, grande parte dos idosos passam parte da vida sem valorizar a sua própria vida e quando se apercebem já estão em fase de declínio e pouco podem fazer para que os seus objetivos sejam realizados.
Constatei ainda que existem muitos projetos de grande valor que estão a ser implementados e que têm surtido efeitos no combate à solidão dos idosos. 
A sociedade tem estado a despertar para o problema mas ainda faz muito pouco para o solucionar. É urgente que mude a sua atitude perante este fenómeno, apostando seriamente em programas de sensibilização da comunidade civil para o envelhecimento da população e na criação de mais instituições e programas que permitam, pelo menos em parte, garantir uma melhor qualidade de vida aos idosos e a dignidade merecida após o contributo de anos para a sociedade em que está inserido.

Autora: 

Joana Dias, 12ºD

Ler mais ...

Uma realidade invisível...


O trabalho infantil é ainda uma prática bastante comum sobretudo em países subdesenvolvidos. Nos países mais desenvolvidos é uma realidade menos comum mas que ainda persiste. Este fenómeno é de relevante importância para as sociedades atuais uma vez que tem implicações em várias dimensões quer sociais, quer económicas. Ao nível social, leva ao abandono escolar, à miséria, à fome e à exclusão social. Em termos económicos, a falta de formação das crianças traduzir-se-á, no futuro, em recursos humanos menos qualificados, o que terá reflexo no desenvolvimento e crescimento económico dos países.
Em acréscimo, é possível afirmar que o problema da exploração do trabalho infantil requer inúmeras mudanças por possuir nomeadamente questões culturais, económicas, sociais e políticas que precisam, portanto,  de ser tratadas em conjunto para que haja um resultado efetivo. De nada adiantarão medidas isoladas, senão soluções temporárias.
Apesar da redução em 25% do total de crianças a trabalhar ilegalmente no país, esta estatística não representa uma vitória no combate ao problema, trata-se do início de uma batalha que para ser ganha, ainda é necessário bastante trabalho conjunto desde a prevenção através de uma consciencialização, à repressão através de uma maior fiscalização, de uma rígida aplicação da legislação e suas sanções.
Devemos, sem dúvida, investir e insistir no pensamento de tornar o futuro destas crianças em algo melhor. Não podemos baixar os braços, não podemos esquecer estas crianças. O problema destas crianças é um assunto que diz respeito a todos nós, uma vez que, se a situação delas não for alterada, o ciclo de pobreza e exploração do trabalho infantil tende a continuar e a não acabar.
O único meio de impedir a renovação desse ciclo, no meu ponto de vista, é através de políticas sociais direcionadas às crianças trabalhadoras e essas medidas serem tomadas pelo governo que nós vamos escolher! Ou seja, indiretamente, a população em geral é quem tem o poder de mudar essa situação através do sistema democrático. Sempre pela via do diálogo intercultural! (que leva a que se estabeleçam critérios/leis universais).
Não é John Locke que defende que o estado justifica-se porque pode dar a cada indivíduo mais proteção? Sim, no entanto podemos verificar que ainda não se verificou essa proteção total nas crianças exploradas! Posto isto, fazem-se duas questões lógicas com o objetivo de consciencialização:
Será que podemos falar em progresso enquanto houver crianças exploradas?
Enquanto as crianças continuarem a ser utilizadas como um meio para se atingir determinados fins, nunca teremos um mundo plenamente justo, digno e desenvolvido!
Qual o papel de cada um contra a exploração infantil?
Bem sabemos que o combate ao trabalho infantil é uma meta invisível, porém se aplicarmos as medidas (possíveis soluções) referidas anteriormente, talvez haja o fim do trabalho infantil.
Não podemos devolver a essas crianças o que lhes foi tirado (um pouco impossível). No entanto, podemos trabalhar para ajudar a resgatá-las e criar ambientes em que as famílias não possam pôr em risco os membros mais jovens e mais vulneráveis da sociedade: as crianças.

Autora:

Laura Mateus, 12ºD

Ler mais ...

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pobreza e exclusão social


Em todo o mundo, ao longo dos tempos, os indivíduos têm presenciado e/ou vivenciado situações de desigualdade que resultam das disparidades na repartição dos rendimentos. As pessoas que sofrem com essa realidade acabam muitas vezes na pobreza que, por sua vez, conduz à discriminação e exclusão social. 
Este cenário de injustiça e pobreza tem lugar em todo o mundo e é muito frequente, tanto nos países menos desenvolvidos, como nas sociedades mais avançadas. 
Risco de pobreza ou exclusão social na UE (2008-2015)

O mundo em que vivemos é ainda muito pobre. Continua a existir um grande número de pessoas cuja capacidade financeira é insuficiente para se sustentar a si e às suas famílias, situando-se abaixo do limiar de pobreza. 
A pobreza faz com que as pessoas não sejam capazes de garantir uma vida digna, tornando-as mais vulneráveis. Muitas crianças e jovens pertencentes a famílias mais carenciadas crescem, por esse motivo, sem uma estrutura familiar sólida o que vai ter consequências no seu futuro. Deste modo, terão uma maior propensão para se tornarem marginais, desocupados e violentos, muitas vezes não porque querem mas por falta de alternativas dado que, normalmente, são socialmente excluídos.  


É importante referir que o fenómeno da pobreza não afeta apenas as classes mais desfavorecidas, mas sim toda a sociedade no geral, uma vez que, o nível de bem-estar é maior quando todos os indivíduos vivem em harmonia, respeitando-se mutuamente de acordo com os valores e normas vigentes.    
Os últimos anos têm sido fundamentais no combate à pobreza e exclusão social. As sociedades têm-se envolvido na luta contra este fenómeno com o objetivo de mobilizar mais pessoas e mais recursos para apoiar quem vive nesta situação tão complicada.

Autores:

José Francisco Pinto, 12ºC
Domingos Campos, 12ºD
Joana Dias,12ºD

Ler mais ...

Desigualdades Sociais


É notória a disparidade social entre diferentes continentes, países, regiões, estados e, até mesmo, cidades. Essa desigualdade é um dos maiores problemas da sociedade e é uma das causas de boa parte dos conflitos entre povos. A intensificação desse processo tende a agravar, ainda mais, os problemas socioeconómicos das pessoas mais carenciadas.
A desigualdade social é consequência da má distribuição da riqueza, facto constatado na maioria dos países. Esse fator gera um contraste económico e social entre a população, pois apenas uma pequena parcela da sociedade detém a maioria dos recursos económicos, enquanto que a maior parte sobrevive com a menor parcela da riqueza.


O futuro são as crianças e tendo isso em consideração foi analisada a perceção das mesmas acerca do tema das desigualdades sociais.
A colaboração dos alunos do 4º ano enriqueceu o projeto na medida em que permitiu conhecer a perspetiva dos mais novos acerca do tema das desigualdades sociais. As crianças demonstraram-se proativas, interessadas e motivadas o que se encontra patente nos trabalhos realizados com empenho e dedicação revelados em cada ilustração ou até comentário que teceram. Em acréscimo, estes alunos revelaram-se conscientes das disparidades existentes na nossa sociedade.
Em tom de conclusão, em prol de uma maior equidade, a sociedade deve assumir uma posição mais ativa, interventiva e solidária de modo a minimizar as diferenças existentes entre os membros de uma comunidade e os cidadãos do mundo inteiro, promovendo desta forma uma maior justiça social.

Autores:

Beatriz Ramiro, 12ºC
Miguel Magalhães, 12ºC
Laura Mateus, 12ºD
Ler mais ...

A Família e os tempos modernos


A família é considerada a instituição social básica, a partir da qual outras se desenvolveram devido à complexidade da vida em sociedade. É uma das mais antigas instituições sociais humanas, apresentando um caráter universal. Não obstante, as formas de vida familiar têm variado no tempo (de geração para geração) e no espaço (de sociedade para sociedade).  
As alterações que vão ocorrendo na sociedade, tal como a emancipação da mulher, o divórcio, as crianças e os idosos que passam a estar ao cuidado de instituições, nomeadamente, jardins-de-infância e lares, entre outras, provocaram a necessidade de reorganização das famílias, originando novas estruturas familiares.
Assim, hoje em dia, a par do modelo tradicional de família (pai, mãe e filhos, ou apenas pai e mãe), existe ainda a família recomposta, monoparental e homossexual. 
A família tradicional resulta de um primeiro casamento, enquanto a família recomposta advém de um novo casamento ou união, com reunião dos filhos de casamentos anteriores e os novos filhos. Este tipo de estrutura familiar tem aumentado devido ao crescimento dos divórcios. 
A família monoparental é formada pelo pai ou pela mãe e filhos. É fruto da viuvez, do divórcio ou vontade expressa por um dos progenitores. 
A família homossexual é composta por duas pessoas do mesmo género. Portugal Espanha, Brasil, Reino Unido, são exemplos de países que já instituíram legalmente este novo relacionamento familiar.
Pode-se ainda referir as famílias sem vínculo matrimonial, os jovens casais que vivem com os pais durante uma parte da semana e no resto do tempo vivem juntos, e o caso dos casais divorciados que regressam a casa dos pais. Mais recentemente, as pessoas que vivem sós têm vindo a aumentar, originando o conceito de família unipessoal. 
É importante realçar que a par das mudanças nos tipos de famílias têm também ocorrido alterações relativamente às suas funções. A família desempenha variadas funções na sociedade, entre elas: a função económica, que exige que os membros da família trabalhem em conjunto, partilhando o resultado da produção; a função sexual e socialização, ou seja, a necessidade de procriação e a transmissão de culturas e ideologias aos descendentes. Na atualidade, a família tornou-se uma unidade de consumo e delegou uma parte da educação e formação dos filhos para as instituições.
Por fim, tem-se assistido à redução do número de filhos que se deve à entrada da mulher no mercado de trabalho, ao aumento das dificuldades económicas, à despesa associada à educação e criação dos mesmos e à utilização de métodos contracetivos eficazes.
Concluindo, a sociedade depara-se com novas estruturas familiares que vão surgindo em consequências das mudanças sociais. Assiste-se à redução progressiva das famílias tradicionais, as quais têm vindo a ser substituídas por outros organizações familiares, principalmente monoparental e recompostas.

Autores:

Bruno Cruz, 12ºC
Bárbara Ferreira, 12ºD 
Paulo Menezes, 12ºD
Ler mais ...

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Entre Roma e Maastricht - a Europa foi-se construindo

Roma 2017

Roma - 60 Anos do Tratado da CEE

Este ano celebra-se os 60 anos do Tratado de Roma que foi assinado a 25 de março de 1957 e deu origem à CEE (Comunidade Económica Europeia) e à CEEA ou EURATOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica). Este tratado surgiu da necessidade de criação de um projeto de reconstrução da Europa, com base nos valores da paz, da democracia e do desenvolvimento, e assente na cooperação entre países vencedores e vencidos.
Após a 2ª guerra mundial, os países europeus ficaram economicamente e socialmente destruídos. Foi neste contexto que começaram a surgir os primeiros passos rumo à construção europeia. 
A 9 de maio de 1950, Robert Schuman propôs uma nova forma de cooperação política para a Europa, para garantir uma paz duradoura e o desenvolvimento económico que consistia no controlo conjunto da produção dos recursos mineiros que constituíam as matérias-primas essenciais ao fabrico de armamento e à industrialização da Europa, o carvão e aço. 
Na sequência desta proposta, que ficou conhecida como Declaração Schuman, em 1951 é assinado o Tratado de Paris entre seis países, França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo, que criou a Comunidade Económica do Carvão e do Aço (CECA) pondo de parte as rivalidades do passado e lançando a ideia de prosseguir na integração europeia. Um dos mentores desta ideia de construção europeia foi Jean Monnet, segundo o qual, a construção de uma europa unida se faria passo a passo, aprofundando progressivamente a integração entre os estados-membros. Além do mais, já estava já previsto na Declaração Schuman: "A Europa não se fará de uma só vez nem obedecendo a um plano único: ela será construída através de realizações concretas baseadas numa solidariedade efetiva" 
Tratado de Roma, 1957
No dia 25 de março de 1957, após longas negociações entre os seis países fundadores da CECA, é assinado o Tratado de Roma que pretendia ser mais um passo no processo de integração europeia. Foi fundada a Comunidade Económica Europeia (CEE) com o objetivo de criar um mercado comum para todas as mercadorias.
A partir daí, o projeto de construção europeia foi evoluindo gradualmente. Atualmente, a União Europeia tem 28 países-membros e é uma união económica que corresponde a uma forma de integração económica na qual o mercado comum coexiste com a definição da maioria das políticas em comum, no âmbito de órgãos supranacionais.
Finalmente, importa destacar que o Tratado de Roma foi muito importante para a União Europeia, uma vez que se tornou o impulsionador de grandes inovações e progresso nos diferentes países-membros. Ao longo dos anos, este tratado permitiu que as mercadorias circulassem com mais facilidade entre os países, o que se refletiu no aumento das trocas comerciais, intensificação dos investimentos, aumentou do número e da variedade de produtos à disposição dos consumidores europeus, entre outros. 
Assim, o dia 25 de março é uma data que deve ser celebrada em todos os estados-membros. Este ano, dado que se comemoram 60 anos da assinatura deste tratado, a data foi recordada com uma audiência geral no Vaticano com o Papa Francisco e os chefes de Estado e do Governo. Nesta audiência, o Papa reforçou o papel da igreja no projeto europeu.



Maastricht - 25 Anos do Tratado da União Europeia

A 7 de fevereiro de 1992, foi assinado pelos Ministros das Finanças e pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros de cada Estado-Membro, o Tratado da União Europeia, também conhecido como Tratado de Maastricht, que constituiu um marco importante no processo de integração na Europa. A partir desta data, a Comunidade Europeia passou a designar-se União Europeia.
Este tratado emanava novas ambições para o projeto europeu, instituindo: políticas comuns, o mercado único, a união económica e monetária e a cidadania europeia. Assim sendo, os 12 Estados membros que nessa altura constituíam a CE (Comunidade Económica) deixaram de ter soberania total na definição de algumas políticas, por exemplo, a política monetário passou a ser da responsabilidade do Banco Central Europeu. O mercado único tornou-se uma realidade, ou seja, os países suprimiram todas as barreiras alfandegárias e físicas à livre circulação de mercadorias, serviços, pessoas e capitais. Para além disso, criou-se uma moeda única, o Euro, que entrou em circulação em 1 de janeiro de 2002. Por último, uma das grandes inovações deste tratado, a instituição de uma cidadania europeia, paralela à cidadania nacional, que comporta um conjunto de direitos e deveres que vêm associar-se aos que decorrem da qualidade de cidadão de um estado–membro.   
Maastricht 1992
Desta forma, o mercado europeu tornou-se num único mercado de grande dimensão com muitas vantagens para os cidadãos e para as economias nacionais. 
Decorridos 25 anos da assinatura do Tratado de Maastricht, novas tensões internas e externas colocam à prova a solidez da construção europeia, designadamente, as crises económicas, a situação da Grécia, a migração e os refugiados e, mais recentemente, a saída do Reino Unido desta união. Como é salientado por Jean Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia: “Aqueles que pensam que chegou o tempo de desconstruir, de fazer da Europa uma manta de retalhos, de nos dividir em espaços nacionais, estão completamente enganados. Não existiremos como nações sem a União Europeia.”
A esse propósito, também o nosso antigo Primeiro Ministro, Aníbal Cavaco Silva, referiu o seguinte: “Considero um erro assacar às insuficiências de Maastricht e ao Euro a responsabilidade pela crise com que os países da União Europeia se vêm defrontando nos últimos anos. Como afirmei em 1992, o Tratado não era um fim, mas o começo de um novo ciclo”. Apesar do Tratado não conseguir evitar certos problemas, é importante salientar que a Europa nunca teve tanto tempo de paz e de prosperidade. Logo, cabe aos líderes de hoje permanecer firmes às ideias definidas à 25 anos atrás.

Autoras:

Bárbara Pinto, 11ºB
Sara Freitas, 11ºB



Ler mais ...

Parlamento dos Jovens - discutindo a Constituição

Sessão de abertura com o deputado da Assembleia da República, João Torres

O programa Parlamento dos Jovens, aprovado pela Resolução n.º 42/2006, de 2 de junho, é uma iniciativa da Assembleia da República, dirigida aos jovens dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, de escolas do ensino público, privado e cooperativo do Continente, das Regiões Autónomas e dos círculos da Europa e de Fora da Europa.
O Parlamento dos Jovens consiste no debate de temas da atualidade por alunos e alunas, tendo então por objetivo a promoção a educação para a cidadania e o interesse dos jovens para estes temas. Deste modo, o programa consiste em três fases, primeiramente, a nível escolar, depois nível a distrital, em que os alunos de cada distrito debatem sobre o tema e chegam a um consenso de levar um conjunto de medidas, sendo que apenas um número reduzido de escolas (dependendo do número de escolas inscritas em cada distrito) para a segunda fase do concurso. Por fim , a última fase é a nível nacional que decorrerá em Lisboa na Assembleia da República, o Parlamento. Nesta etapa as escolas que conseguiram avançar para esta fase estipulam um conjunto de medidas que será proposto ao Parlamento Nacional.
No mês de março decorreu na Maia a Sessão Distrital do Porto, com as alunas Joana Moreira, Mafalda Campos e Beatriz Ramiro, num tom de representar o Colégio Casa Mãe. passaram à fase nacional do “Parlamento dos Jovens” cujo tema era baseado na atual Constituição e desafios aos poder local. De entre, aproximadamente, 50 escolas, o Colégio Casa-Mãe, em terceiro lugar, avançou rumo à capital. No próximo número traremos as notícias dessa viagem...

Autora:

Beatriz Ramiro, 12ºB

Ler mais ...

Aparições de Fátima: as sociedades modernas e a religião


O Centenário das Aparições em Fátima está a chegar e com ele discussões sobre o religioso nas sociedades contemporâneas, e, especificamente o fenómeno Fátima.
Foi a 13 de maio de 1917 que três crianças Jacinta, 7 anos, Francisco, 9, e Lúcia, 10 afirmaram ter visto "uma senhora mais branca que o Sol", sobre uma azinheira, enquanto pastoreavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, lugar da freguesia de Fátima. A aparição repetiu-se nos meses seguintes, sendo portadora de uma mensagem ao mundo até que, a 13 de outubro, se terá revelado como Nossa
Senhora do Rosário. A narrativa é feita por Lúcia, a mais velha dos três pastorinhos (e que sobreviveria até 2005, enquanto os primos morreram pouco depois dos eventos de Fátima, vítimas da Gripe Espanhola) e a única, também, que dizia falar com a aparição. É ela ainda a portadora do chamado Segredo de Fátima, constituído por três partes de caráter profético: a primeira parte é uma visão do inferno, a segunda a devoção a Maria. A última foi mantida no maior secretismo até ao ano 2000, quando o cardeal Ratzinger (que se tornaria o Papa Bento XVI) decidiu divulgar o texto ao mundo. Aludia a um ataque a um "bispo vestido de branco", interpretado pela Igreja como referência a um acontecimento específico: o atentado a João Paulo II, a 13 de maio de 1981. O  atual Papa, Francisco, estará em Fátima para celebrar o centenário das aparições, num momento que está a gerar grande expectativa.
A realidade contemporânea mostra-nos uma centralidade e transversalidade da "religião" em todos os domínios do social, mesmo que os praticantes tenham diminuído nos templos ou abracem credos mais minoritários, cansados das religiões institucionais. Ainda que a religião, não faça parte da vida de muitos jovens, ela continua a ser um fenómenos social importante. No próximo mês de maio, a Cova da Iria levará muitos a refletirem sobre a religiosidade das suas existências ou provocará uma discussão acesa sobre a dimensão alienante do religioso. as religiões potenciam a humanidades dos seres humanos ou escravizam-nos: eis a questão...

Autoras:

Dânia Neto, 9ºA
Catarina Lopes, 9ºA
Ler mais ...

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Multilinguismo: um mundo de oportunidades


A maioria das pessoas fala mais do que uma língua, o que indica que o cérebro pode ter evoluído de modo a funcionar em várias linguagens. Se assim for, o que perde quem fala apenas um idioma? O que ganha quem fala mais do que uma líbgua?
Em todo o mundo, mais de metade das pessoas (60 a 75 por cento, dependendo das estimativas) falam pelo menos dois idiomas. Muitos países têm mais do que uma língua oficial – a África do Sul tem onze. Para além disso, nos dias que correm, cada vez se exige mais saber falar, ler e escrever pelo menos numa das “superlínguas” mundiais: inglês, chinês, hindi, espanhol ou árabe. Assim, ser monolingue, como são muitos falantes de inglês, é estar em minoria, e talvez ficar a perder.
O multilinguismo tem demonstrado muitas vantagens ao nível social, psicológico e de estilo de vida. Os investigadores estão também a descobrir uma vasta série de benefícios de saúde que resultam de falar mais do que uma língua, incluindo a capacidade de recuperar mais rapidamente após um enfarte e a manifestação mais tardia dos sintomas de demência.
Será que o cérebro humano evoluiu para ser multilingue e que aqueles que falam apenas um idioma não estão a tirar o máximo partido do seu potencial? E num mundo que perde idiomas mais rápido do que nunca – ao ritmo atual de um a cada quinze dias, quando chegarmos ao fim do século metade deles estarão extintos – o que acontecerá se a atual multiplicidade de línguas desaparecer e a maioria dos habitantes do planeta acabar por só falar uma?
Ao longo do tempo, grupos diferentes de humanos primitivos terão começado a falar idiomas diferentes. Depois, de forma a poderem comunicar com outros grupos – para fazer trocas, em viagem, etc. – alguns dos membros de uma família ou grupo teriam de aprender outros idiomas. Noutros tempos, o bilinguismo era desaconselhado, e afirmava-se que as crianças bilingues poderiam confundir-se com as duas línguas e vir por isso a ser menos inteligentes, a ter menos autoestima, a ter comportamentos desviantes ou até mesmo a desenvolver dupla personalidade ou esquizofrenia.
Entretanto, a pesquisa feita ao longo da última década por neurologistas, psicólogos e linguistas, apoiada nos mais recentes desenvolvimentos da neuroimagiologia, tem revelado uma série de benefícios cognitivos para os bilingues. Tem tudo a ver com a forma como as nossas mentes admiravelmente flexíveis conseguem aprender a desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo.
Nunca é tarde para aprender uma língua nova, e a experiência pode ser muito gratificante. Há quem diga que é demasiado difícil aprender línguas em adulto. Mas diria que se torna bem mais fácil a partir dos oito anos de idade. Um bebé demora três anos a aprender uma língua, ao passo que um adulto consegue fazê-lo em poucos meses. Como demonstra a investigação recente, não é tempo perdido. O bilinguismo pode ajudar as nossas cabeças a trabalhar melhor e até mais tarde, pela velhice dentro, o que pode vir a ter um enorme impacto na forma como ensinamos os nossos filhos, assim como na nossa relação com os idosos. Entretanto, faz todo o sentido falar, hablar, parler, sprechen, beszél, berbicara e to speak em tantas línguas quantas nos for possível.

Autores:

Dânia Neto, 9ºA
Catarina Lopes, 9ºA


Ler mais ...

Espaço Schengen - liberdade e segurança, diferentes ou complementares?


Num tempo em que se coloca em causa, em várias sociedades europeias, a manutenção do espaço Schengen, será salutar, para a discussão, prestarmos atenção ao que é este espaço, como nasceu e quais são os princípios que estão inerentes à sua criação.
O acordo Schengen é uma convenção entre países sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas e bens entre países.

Como aderir ao Espaço Schengen?

  • Responsabilidade de controlo das fronteiras externas ao Espaço Schengen em nome dos países membros;
  • Cooperação com os restantes países
  • Aplicar um conjunto de regras de Schengen
  • Utilizar o sistema de informação de Schengen

O acordo de Schengen, que deu origem a este espaço, foi assim denominado em alusão a Schengen, localidade luxemburguesa situada às margens do rio Mosela e próxima à tríplice fronteira entre Alemanha, França e Luxemburgo. Ali, em junho de 1985, foi firmado o acordo de livre circulação envolvendo cinco países, abolindo-se controles de fronteiras, de modo que as deslocações entre esses países passaram a ser tratados como viagens domésticas. Posteriormente alargou-se esse espaço a outros países. No entanto, o princípio foi sempre o mesmo, liberdade de circulação de pessoas e bens.

Autora:

Cláudia Rocha, 11ºB

Ler mais ...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Rótulos...leia-os pela sua saúde!


Vivemos numa época em que a deterioração ambiental, a escassez de recursos, as dificuldades económicas, a perda de hábitos saudáveis e outros índices de degradação de qualidade de vida, são uma realidade. De facto, na sociedade atual o consumidor não se preocupa com as consequências das suas escolhas, orientando-se por princípios consumistas e deixando-se manipular pelas poderosas técnicas de marketing. 
Neste contexto, assume especial importância a leitura dos rótulos dos produtos, pois acreditamos que pode ser um meio eficaz para ajudar os consumidores a comer bem e viver melhor, o que contribuirá para uma sociedade mais saudável e sustentável. 
Assim, antes de escolher o bem pretendido, aconselhamos uma leitura atenta da lista de ingredientes ou da composição dos produtos, bem como de todas as informações inscritas na embalagem.
Nesse sentido, apresentamos algumas dicas para facilitar a leitura dos rótulos e sugestões a ter em conta para efetuar uma melhor escolha:
prefira os alimentos com a menor lista de ingredientes possível;
os ingredientes estão organizados por ordem decrescente, a partir dos que existem em maior quantidade, até aos que estão presentes em menor quantidade (incluindo aditivos e substâncias alergénicas);
evite os alimentos que têm muitos açúcares e gorduras saturadas ou trans que normalmente constam no início da lista;
opte por alimentos com menos “E” (E330, E120,…);
quando as embalagens apresentarem o semáforo, escolha os alimentos com maior número de nutrientes de cor verde;
analise os nutrientes por porção (e não por cada 100 gr) pois é essa a quantidade que vai ser ingerida; 
verifique o prazo de validade e o estado das embalagens. Se as embalagens de produtos congelados estiverem húmidas ou apresentarem cristais de gelo no interior, rejeite-as. Esta situação indicia que os produtos sofreram descongelação e que a rede de frio não foi mantida constante;
escolha produtos com o símbolo da sociedade ponto verde que garante que as embalagens são recicláveis 
confira se os produtos são certificados por entidades autorizadas e reconhecidas em termos ambientais; 
Face ao exposto, apelamos à consciência crítica de todos os consumidores. É crucial uma mudança de atitude no ato de consumir. Consumindo com consciência, estaremos a economizar recursos, a salvaguardar o futuro do planeta e, a um nível mais pessoal, a garantir uma vida mais saudável e com mais qualidade para nós e para toda a comunidade. 
Não compre por impulso. Faça um consumo consciente. Esteja atento a todos os detalhes do produto que vai adquirir e valorize as empresas com práticas de responsabilidade social e ambiental.

Autores:

Maria Ribeiro, 10ºC
Joana Marques, 10ºC
André Cunha, 10ºC

Ler mais ...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Jogos Olímpicos - Atenas 1896


Os Jogos Olímpicos de Verão de 1896 foram os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, realizados em Atenas, Grécia, berço dos Jogos da Antiguidade, entre os dias 6 e 15 de abril de 1896, com a participação de 241 atletas masculinos, representantes de catorze países. O evento realizou-se graças ao empenho do francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin. 
Pierre Coubertin
O Barão de Coubertin foi um idealizador do renascimento dos Jogos existentes na Grécia Antiga, mentor do movimento olímpico e fundador do Comité Olímpico Internacional. 
A cerimónia de inauguração acabou por acontecer numa segunda-feira de Páscoa, com o discurso de abertura proferido diante de cem mil espectadores pelo próprio rei da Grécia, Jorge I, após a inauguração de uma estátua em homenagem ao rico financista ateniense George Averoff na entrada do Estádio Panathinaiko, principal palco das competições e uma maravilha arquitetónica, toda em mármore. Averof foi o responsável pela restauração e modernização do estádio e financiador da organização do evento, e que impediu o seu cancelamento antes mesmo de iniciado, devido às penosas condições do cenário real grego. 
Houve nove atividades a ser realizadas:  atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta, natação, ténis e tiro. 

ATLETISMO: 
As provas do atletismo tiveram a participação mais internacional dentro de todos os desportos. O maior destaque foi a maratona, realizada pela primeira vez uma competição internacional. Spiridon Louis, um carregador de água até então desconhecido, ganhou a prova para se tornar o único campeão grego do atletismo e um herói nacional. Embora a Grécia fosse a favorita para ganhar o arremesso de disco e o arremesso de peso, os melhores atletas gregos terminaram logo atrás do americano Robert Garrett em ambas as competições. 
Corrida de 100 metros, JO 1896

CICLISMO: 
As regras da Associação Internacional de Ciclismo foram usadas para as competições de ciclismo.As provas de ciclismo de pista foram realizadas no recém-construído velódromo Neo Phaliron. Somente uma prova de estrada foi realizada, uma corrida entre Atenas e Maratona de ida e volta (totalizando 87 quilómetros). 

ESGRIMA: 
As competições de esgrima foram realizadas no Zappeion, que foi construído com o dinheiro que Evangelis Zappas doou para reviver os antigos Jogos Olímpicos. Ele nunca tinha visto uma competição desportiva antes. Ao contrário de outros desportos (em que apenas os amadores foram autorizados a tomar parte nos Jogos Olímpicos), os profissionais foram autorizados a competir na esgrima, embora em um evento separado. 

HALTEROFILISMO: 
O levantamento de peso como desporto ainda era recente em 1896, e as regras diferentes das que são usadas atualmente. As competições foram realizadas ao ar livre, no interior do campo do estádio principal, e não havia limites de peso. A primeira prova foi realizada em um estilo hoje conhecido como arremesso (em inglês: clean and jerk).  

LUTAS: 
Não existiam categorias de peso para a competição de luta livre, realizada no Estádio Panathinaiko, o que significava que haveria apenas um vencedor entre os concorrentes de todos os tamanhos. As regras utilizadas eram semelhantes à moderna luta greco-romana, embora não houvesse um limite de tempo. 

NATAÇÃO: 
Nadador húngaro, Alfréd Hajós
As competições de natação foram realizadas em mar aberto, porque os organizadores recusaram-se a gastar o dinheiro para construir um estádio especialmente para os Jogos. Cerca de vinte mil espectadores reuniram-se na Baía de Zea, ao longo da costa do Pireu, para assistir às provas. A água da baía estava gelada, e os competidores sofreram bastante durante suas provas. Foram três competições abertas: (100 metros estilo livre, 500 metros estilo livre, e 1200 metros estilo livre), além de um evento especial, aberto somente para marinheiros gregos, os quais foram realizadas no mesmo dia. 

TÉNIS: 
Apesar do ténis já ser um desporto importante no final do século XIX, nenhum dos principais jogadores apareceu para o torneio. A competição foi realizada nas quadras do Lawn Tennis Club de Atenas, e no interior do campo do velódromo utilizado para as provas de ciclismo. 

TIRO: 
Realizada numa serrania de Kallithea, as competições de tiro constituíram de cinco provas, duas utilizando rifle e três com a pistola. A primeira prova, a carabina militar, foi vencida por Pantelis Karasevdas, o único concorrente a acertar o alvo em todos os seus tiros. A segunda prova, para pistolas militares, foi dominada por dois irmãos americanos: John e Sumner Paine, que se tornaram a primeira dupla de irmãos a terminar em primeiro e segundo lugar na mesma competição. A fim de evitar constranger os anfitriões, os irmãos decidiram que apenas um deles iria competir na próxima prova de pistola, a pistola livre.  

Ao final do século XIX, o barão de Coubertin teve a ideia de reinventar os Jogos Olímpicos da Antiguidade, numa nova versão que permitia a participação de atletas de todo o mundo; os Jogos anteriores permitiam que apenas atletas do sexo masculino de origem grega participassem das competições. 
Após a aprovação oficial da proposta no primeiro Congresso Olímpico realizado em 1894, a escolha da cidade-sede foi unânime.  Catorze séculos depois, Atenas, palco dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, receberia os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, que se iniciaram no dia 6 de abril e terminaram em 15 de abril de 1896. 
Para o Barão de Coubertin, o renascimento dos Jogos Olímpicos não era apenas um sonho, mas também uma consequência dos avanços científicos e culturais do século XIX. “Os homens começaram a viver menos isoladamente, raças diferentes aprenderam a conhecer e a entender o outro melhor e, ao comparar as suas forças e conquistas na arte, na indústria e na ciência, uma rivalidade honrosa surgiu entre eles, encorajando-os a atingir feitos ainda maiores”, diz o barão na introdução do Relatório Oficial dos Jogos Olímpicos de 1896, já apresentando os conceitos do que posteriormente se tornariam os valores do Olimpismo: respeito, amizade e excelência. 

O Ideal Olímpico: 
O tão enfatizado Ideal Olímpico foi criado pelo barão Pierre de Coubertin quando fez ressuscitar os Jogos Olímpicos. Tinha por finalidade enaltecer o prazer cavalheiresco de competir independentemente do resultado, a lealdade e a generosidade também eram contempladas. Com esta fórmula, os Jogos Olímpicos deveriam ser o maior encontro de atletas amadores, que iriam conviver e competir, não tendo em vista mais do que mostrar o resultado do seu trabalho desportivo durante a Olimpíada, num determinado local e período de tempo.

Autores:

Carlos Sousa, 9ºB
Filipa Pinto, 9ºB

Ler mais ...

O feminismo e os movimentos sufragistas


O Código Eleitoral de 1913 determinou como "eleitores de cargos legislativos os cidadãos portugueses do sexo masculino maiores de 21 anos ou que completem essa idade até ao termo das operações de recenseamento, que estejam no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos, saibam ler e escrever português, e residam no território da República Portuguesa."
Desta forma, punha-se termo à ambiguidade da legislação anterior, que permitira o voto de Carolina Beatriz Ângelo para a Assembleia Constituinte de 1911.
O projeto do Senado apresentado na sessão da Câmara dos Deputados, em janeiro de 1913, previa que também "as mulheres maiores de 25 anos e detentoras de curso superior, secundário ou especial" pudessem votar. Este parágrafo seria objeto de parecer negativo da comissão incumbida de examinar a lei eleitoral, entendendo não se justificar, "mormente quando às mulheres se não dá o direito de serem eleitas para os corpos políticos e para os cargos administrativos."
O sufrágio feminino provocaria um amplo debate nas duas câmaras parlamentares.
Os defensores do voto feminino argumentam com os ideais republicanos, a Constituição, o seu reconhecimento em alguns países e o facto de as mulheres exercerem na sociedade funções semelhantes às dos homens.
O Deputado Jacinto Nunes, um dos principais defensores do sufrágio feminino, protesta contra o parecer da comissão: "Se a mulher pode ser negociante, industrial, administradora do casal, quando o marido estiver interdito, deve, também, intervir na administração do Estado." Mais tarde, apresenta uma proposta de substituição, defendendo: "Se, em harmonia com o artigo 74.° da Constituição, são cidadãos, para os efeitos dos direitos políticos, todos os que estejam no gozo dos direitos civis, às mulheres deve ser concedido o direito de voto."
No dia 12 de junho, o Deputado Sá Pereira apresenta uma moção para o "reconhecimento dos direitos políticos à mulher", entendendo "que se deve conceder o voto às mulheres que tenham um curso superior, secundário ou especial, pois neste caso têm capacidade de eleitoras, e talvez em melhor condições do que certos homens". (Diário da Câmara dos Deputados, n.º 125, 12 de junho de 1913, p. 24).
Os opositores ao sufrágio feminino baseiam-se na tradicional religiosidade da mulher e no perigo de esse direito poder provocar discórdias domésticas, no caso de não existir concordância de opiniões no casal.
O Deputado Matos Cid defende que a mulher "tendo um espírito retrógrado, exerceria influência nefasta na vida política", "ajudaria a reação política e religiosa", pois os "clericais se servem da mulher, como a melhor das suas armas".
O Deputado José Brandão refere que "o papel que a mulher tem a desempenhar na sociedade, todo de amor e carinho" é contrário à política, "coisa que apaixona e que traria naturalmente consigo a discórdia na família". Considera ainda que, antes de se tomar uma decisão, se deveria aguardar pelos resultados da introdução do sufrágio feminino noutros países.
Também o Senador Feio Terenas, apoiando o voto das mulheres "com curso superior, secundário ou especial", não deixa de referir: "A mulher é, em geral, um espírito fraco, que vai ao confessionário, que ouve o seu diretor espiritual e as missões dos jesuítas e padres reacionários. Felizmente que nós estamos sendo livres desta praga, mas nem por isso podemos confiar na presente geração das mulheres ignorantes e fanatizadas".
O Código Eleitoral seria aprovado restringindo o direito de voto aos cidadãos do sexo masculino, maiores de 21 anos e alfabetizados.
A I República não consagraria o sufrágio feminino, apesar de algumas vozes discordantes, caso do Deputado Ramada Curto, que, em janeiro de 1920, apresenta a seguinte moção:
"A Câmara, considerando que atualmente em todo o mundo culto se encontra estabelecido o princípio do sufrágio universal com voto feminino;
Considerando que no programa doutrinário dos republicanos se achava consignado esse princípio;
Considerando que após nove anos da proclamação duma República democrática nada justifica a sobrevivência na lei do princípio do sufrágio restrito, que só um oportunismo político de ocasião permitiu que se estabelecesse:
Exprime o voto de que se consigne no estatuto eleitoral da República o princípio do sufrágio universal obrigatório com voto feminino e representação proporcional, e passa à ordem do dia."


Ler mais ...

COP 22 - Marrakech 2016


A Cimeira anual da ONU sobre o clima - COP22 - decorreu em novembro na cidade de Marraquexe, Marrocos. Na agenda da Cimeira estiveram: (i) o desenvolvimento dos Planos Nacionais de Adaptação para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a apresentação das estratégias nacionais até 2050; (ii) os contributos de cada nação para a ajuda financeira aos países em desenvolvimento; (iii) a capacitação por parte das empresas e sociedade civil, a transferência de tecnologia para ajudar a atenuar o impacto das alterações climáticas – especialmente nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS, na sigla em inglês), os Países Menos Desenvolvidos (LDC) e o continente africano -, e (iv) também a elementar transparência durante o processo de implementação.
Os alunos das turmas A e B, à disciplina de Biologia e Geologia, construíram reportagens infográficas.








Ler mais ...

Doenças Infeciosas e Vacinação

No âmbito do trabalho interdisciplinar efetuado nas disciplinas de Ciências Naturais e Geografia, os alunos a turma B do 9º ano, construíram materiais, incididos no Retrato saúde individual e comunitária a nível mundial no século XXI e tendo como objetivos: (i) determinação da distribuição mundial dos indicadores de saúde; (ii) Justificação multidimensional (científica, social, económica, ambiental) da distribuição mundial de indicadores de saúde e (iii) consequências multidimensionais para as populações.
Os alunos abordaram diferentes tópicos, entre os quais as doenças infeciosas e a vacinação.






Ler mais ...

Higiene e Saúde

No âmbito do trabalho interdisciplinar efetuado nas disciplinas de Ciências Naturais e Geografia, os alunos a turma B do 9º ano, construíram materiais, incididos no Retrato saúde individual e comunitária a nível mundial no século XXI e tendo como objetivos: (i) determinação da distribuição mundial dos indicadores de saúde; (ii) Justificação multidimensional (científica, social, económica, ambiental) da distribuição mundial de indicadores de saúde e (iii) consequências multidimensionais para as populações.
Os alunos abordaram diferentes tópicos, entre os quais a higiene na prevenção de hábitos de vida saudável.



Ler mais ...