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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Passar dos 100...


Um grupo de moradores do sul da Itália dá mostras, segundo investigadores, de que a longevidade pode depender de outras variantes além da dieta saudável, da genética e da prática constante de exercícios. Um estudo recentemente publicado na revista científica International Psychogeriatrics acompanhou a saúde mental de 29 moradores de nove aldeias na subregião italiana de Cilento - conhecida por agrupar centenas de pessoas com mais de 90 anos. Em comum, essas pessoas demonstraram ter traços como teimosia e otimismo.
"Há diversos estudos já feitos com idosos, mas eles geralmente focam-se na genética, em vez de da saúde mental ou da personalidade", afirma num comunicado o médico Dilip V. Jeste, principal autor do estudo e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. "Os temas principais a emergir do nosso estudo, que parecem ser características associadas à melhor saúde mental dessa população rural (italiana), são a positividade, ética no trabalho, teimosia e um forte laço com família, religião e terra."
Segundo o estudo, "o amor pelo ambiente (onde vive)" parece ser uma característica bem forte na população idosa de Cilento e determinante em sua longevidade, sendo esta descrita como "um equilíbrio entre aceitação e determinação de superar adversidades, além de uma atitude positiva (...) que dê propósito à vida".
Foram feitas análises quantitativas e entrevistas com os centenários ou quase centenários de Cilento, bem como com seus parentes, para conhecer personalidade e histórias de vida, incluindo migrações, eventos traumáticos e crenças individuais.
"São pessoas que passaram por depressões, tiveram que migrar, perderam entes queridos", prossegue Jeste. "Para poder seguir em frente, tiveram que aceitar e se recuperar das coisas que não podiam mudar, mas também lutar pelas coisas que, sim, podiam." Essa atitude pode fazer com que, segundo o estudo, os nonagenários e centenários mantenham seu bem-estar mental apesar de sua saúde física ter se deteriorado com a idade. A maioria dos participantes do estudo segue sendo ativa, fazendo trabalhos regulares em suas casas e no campo.
Um dos idosos de Cilanto disse, na entrevista concedida aos pesquisadores, que a viuvez o afetou profundamente, mas que ele tem se esforçado para seguir adiante. "Perdi minha amada esposa há apenas um mês, e isso me deixou muito triste. Fomos casados por 70 anos. Estive próximo dela durante sua doença e me senti vazio após perdê-la. Mas, graças a meus filhos, agora estou me recuperando e me sinto muito melhor. Tenho quatro filhos, dez netos e nove bisnetos. Lutei durante toda a minha vida e estou sempre pronto para as mudanças. Acho que as mudanças trazem vida e a chance de crescer."
Outro entrevistado destacou a importância de pensar positivamente. "Sempre há uma solução na vida. É isto o que o meu pai me ensinou: a sempre enfrentar as dificuldades e a esperar pelo melhor."
Os idosos de Cilento demonstraram ter mais autoconfiança e habilidades decisórias à medida que envelheciam, além de níveis menores de depressão e ansiedade - o que leva os pesquisadores a falar em um "paradoxo do envelhecimento". "É a ideia de que o bem-estar e a sabedoria podem aumentar com a idade, mesmo que a saúde física esteja pior", afirma Jeste.
Para o médico, "não existe uma forma única de chegar aos 90 ou aos 100 anos, e tampouco acho que para chegar lá seja necessário uma mudança radical de personalidade". "Mas (o estudo) mostra que há certos atributos muito importantes, como a resiliência, o forte apoio social, o comprometimento e a confiança em si mesmo."
Outros estudos prévios já analisaram populações extremamente longevas no mundo, batizadas de "zonas azuis" pelo cientista americano Dan Buettner. São elas: ilha de Okinawa, no Japão, a cidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), a ilha de Ikaria, na Grécia, na Sardenha (Itália), e a península de Nicoya, na Costa Rica. Buettner focou, porém, as suas pesquisas sobretudo nos hábitos alimentares dessas populações, e descobriu que sua dieta consiste em alimentos menos processados. "A maioria dos alimentos que consomem vêm de plantas. Mas, acima de tudo, são alimentos não processados ​ou muito pouco processados", disse ele, que contou ter partido da "bastante estabelecida" noção de que apenas 20% da nossa longevidade média pode ser atribuída à genética."Os 80% restantes (se devem) ao estilo de vida e ao ambiente", afirmou Buettner à BBC em meados do ano.

Autores:

Clara Pinto, 9ºA
César Guedes, 9ºA
Maria Bento, 9ºA
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Porta moedas eletrónico: um futuro próximo


Não se surpreenda ao entrar em um restaurante da rede americana KFC em Hangzhou, no leste da China, e ver dezenas de pessoas sorrindo para comprar comida. Ali uma câmara no balcão analisa o rosto do cliente, verifica sua identidade a partir dos registos do aplicativo Alipay e, em poucos segundos, o pagamento é efetuado.
Hoje em dia, os smartphones permitem que digitais, íris e voz - ou até mesmo a própria presença física numa loja - sejam suficientes para pagar por compras.
Em África, por exemplo, é comum comprar a passagem de autocarro ou transferir dinheiro por meio de uma mensagem de telemóvel.
Esse setor tem evoluído tão rapidamente que é cada vez mais difícil prever exatamente o que vai acontecer nas próximas décadas. Mas uma coisa é certa: milhões de pessoas usam seus smartphones não apenas para fazer pagamentos, mas para gerir o seu dinheiro - desde pedir empréstimos a doar solidariamente. Na China, os pagamentos electrónicos cresceram 63% entre 2014 e 2015. No Reino Unido, eles já ultrapassaram o uso de notas e moedas.
A tecnologia está reinventando os pilares das nossas finanças. Desde o século 16 a.C., as mercadorias eram trocadas por meio de uma moeda - os búzios. Mais tarde, no século 7 a.C., as moedas passaram a ser cunhadas na Lydia, atual Turquia, a partir do eletrum - um liga natural de ouro e prata encontrada nos leitos dos rios. Posteriormente, o dinheiro em papel foi introduzido na China. Conhecido como "dinheiro voador" devido à sua conveniência e leveza, era regulado pela autoridade central do país. Segundo Ben Alsop, curador da City Money Gallery do Museu Britânico, em Londres, tal sistema injetou na sociedade um conceito vital - confiança.
A confiança nas autoridades, e confie que esse pedaço de papel vale, na verdade, alguma coisa. Assim, por anos, as moedas foram tradicionalmente emitidas por governos a partir de seus bancos centrais.
Agora, as criptomoedas podem ser criadas e armazenadas eletronicamente num sistema completamente descentralizado. Mais de mil delas existem globalmente, sendo o bitcoin a mais conhecida. Tudo isso traz à tona questões sobre o controle e a influência. Quem controla a moeda - governos ou redes de computadores? Quem controla o que pagamos - empresas de tecnologia, de processamento de pagamentos ou bancos?
Mas, sem dúvida, a pergunta mais importante é: quem controla os dados sobre nossas transações financeiras: nós ou eles?
Ao redor do mundo, duas mil milhões de pessoas não têm conta bancária, segundo o Banco Mundial. O número está a cair, graças em parte às contas bancárias móveis na África. No entanto, à medida que novos serviços estão sendo desenvolvidos e novos modelos de pagamento sendo inventados, surgem novos questionamentos sobre aqueles que não conseguem acompanhar a evolução tecnológica. O que vai acontecer com aqueles que desconhecem os códigos QR (códigos interativos que possuem informação vital) ou aqueles que só conseguem pagar via celular porque não há rede bancária disponível onde moram?
Esse é o quebra-cabeças que a startup Ezetap, lançada na Índia em 2011, se propõe a enfrentar. No país, milhões de pessoas abraçaram a tecnologia móvel, mas uma grande parcela da população ainda usa dinheiro vivo. Prova disso foram as cenas caóticas registradas logo após o governo indiano tentar tirar cédulas de alto valor nominal de circulação. A Ezetap criou um software que permite ao comerciante com um smartphone aceitar qualquer tipo de pagamento e ver o dinheiro se movimentar até sua conta bancária.
Há também o caso da autorregulação das moedas virtuais. Grandes investidores apostaram no bitcoin, a maior criptomoeda, e centenas de outras foram criadas. Um número crescente de varejistas está aceitando bitcoins. Mas a volatilidade dos preços e os custos de transação ainda são altos, e há um nível de incerteza sobre isso de forma geral.
Então, por que criptomoedas são importantes? Primeiro, elas estão colocando em xeque as formas tradicionais usadas pelos empreendedores para levantar dinheiro. Por meio das chamadas Ofertas de Moeda Inicial (ICOs, na sigla em inglês), as startups vendem tokens digitais para arrecadar recursos.
Em teoria, esses tokens deveriam se valorizar à medida que são adquiridos por mais pessoas. Tal tática é fácil e rápida, mas também arriscada e não regulada - não se trata, portanto, do tipo de sistema que conta com o apoio das autoridades centrais. Recentemente, o Banco Central da China proibiu os ICOs.
Em segundo lugar, muitos dizem que há um grande potencial no sistema que ampara as criptomoedas - o blockchain. Ele é uma espécie de registro digital das transações, acordos e contratos que não é guardado em um determinado lugar, como um registro do administrador de um banco antigo, mas distribuído entre milhares de computadores ao redor do mundo.
Cada nova transação ou acordo é inserido em um bloco, que então é adicionado a uma cadeia. Se um computador tentar alterar a transação anterior, todos os outros são alertados sobre a tentativa e bloqueiam a transação. Na prática, esse sistema elimina o intermediário que usualmente verifica essas transações, como as companhias de cartão de crédito, os procuradores ou até mesmo os bancos. No nosso dia a dia, o blockchain poderia amparar os pagamentos automáticos.
Bryan Zhang, do Cambridge Centre for Alternative Finance, instituto de pesquisa académica sediado na Inglaterra, diz que essas máquinas inteligentes podem pagar uma a outra. Por exemplo: um frigorífico inteligente poderia encomendar leite fresco e pagar. Em larga escala, um avião atrasado poderia automaticamente pagar uma reparação aos passageiros.

Autores:

9ºB

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Arte século XX


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Photo Ark na no Porto


Um dos projetos mais populares da National Geographic está aptente ao público na Galeria da Biodiversidade, no Porto. O fotógrafo, Joel Sartore, quer que o mundo olhe nos olhos dos animais e perceba que é urgente salvar as espécies em perigo de extinção. Em 12 anos, o conceituado profissional da National Geographic já tirou o retrato a mais de sete mil espécies de animais em perigo de extinção. 45 dessas imagens estão no Porto a partir desta quarta-feira e até abril de 2018. O objetivo é que cada visitante saia de “Photo Ark” consciente de que cada espécie importa.
Sartore é fotógrafo da National Geographic há mais de 20 anos, o que implicava voajar muito. Quando em 2005 a sua mulher Kathy foi diagnosticada com um cancro da mama, o fotógrafo decidiu fazer uma pausa para poder estar junto da família e cuidar da mulher e dos três filhos do casal. Durante esse ano, começou a pensar no que podia fazer para levar as pessoas a preocuparem-se mais com o facto de a Humanidade poder perder metade de todas as espécies do mundo até ao final do século XXI.
Assim nasceu o Photo Ark, um dos projetos com maior visibilidade da National Geographic. O objetivo é documentar 12 mil espécies em 25 anos. Mais de metade já está, o que faz do Photo Ark a maior Arca de Noé arquivística do mundo. O objetivo mais importante é sensibilizar as pessoas para a proteção destas espécies. Seja através de doações a algumas instituições — em Portugal Joel recomenda o Zoo de Lisboa e o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto –, seja simplesmente passando a mensagem.

Autores:

6º ano
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Food Waste


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Gender Equality


Autores:
Clara Pinto, 9ºA
Henrique Dias, 9ºA
Rita Sousa, 9ºA
José Paulo Monteiro, 9ºA

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O presépio

Vaticano 2017
«Gostaria de fazer memória daquele Menino que nasceu em Belém e, de alguma forma, entreviu com os olhos do corpo as privações em que se encontrou devido à falta das coisas necessárias a um recém-nascido, como foi deitado numa manjedoura e como jazia no feno entre o boi e o burro».
Era o ano 1223 e faltavam 15 dias para o Natal: S. Francisco - que duas semanas antes tinha tido a alegria de ver a Regra dos seus frades aprovada pelo papa Honório III - exprime este desejo a um certo João, «um homem muito querido» do santo. E na noite de Natal «Greccio torna-se a nova Belém», com a cena do nascimento de Cristo, viva e palpitante, enquanto que Francisco, «vestido como levita, porque era diácono, canta com voz sonora o santo Evangelho e fala depois ao povo com palavras dulcíssimas».
Mesmo que todos conheçam esta história da génese do presépio, quis voltar a evocá-la através do testemunho de um seu contemporâneo, Tomás de Celano, na sua biografia do santo, conhecida como “Vita prima”. É ainda ele a explicar o sentido daquela sacra representação natalícia: «Naquela cena honra-se a simplicidade, exalta-se a pobreza, louva-se a humildade».
São estas as três estrelas simbólicas que brilham na noite de Natal de Jesus e é precisamente esta constelação que faz compreender quanto o presépio ultrapassa a própria fé cristã e se torna um sinal universal para todos os homens e mulheres de coração e vida simples, pobre e humilde.
Nesse pequeno quadro, modelado algo livremente a partir da narração do evangelista Lucas (2, 1-20), se transformou desde então num marco da história da arte, pelo que eliminá-lo do conhecimento das jovens gerações atuais significaria tornar incompreensível uma série interminável de obras de arte distribuídas pelos séculos.
É curioso notar que minicenas representando o presépio já eram esculpidas nos sarcófagos cristãos dos primeiros séculos e, a partir do ícone da escola pictórica russa de Novgorod (séc. XV), era fácil ver o Menino deposto numa manjedoura em forma de sepulcro. Queria-se assim exaltar o nexo entre a vida física de Jesus e a vida gloriosa e divina que fulguraria na sua ressurreição.
Perder o presépio, por isso, quer dizer não só eliminar um emblema espiritual no qual se podem reencontrar as famílias miseráveis dos barcos que aportam às costas do Mediterrâneo com mães que apertam no seio crianças desnutridas e exauridas, mas é também arrancar um número enorme de páginas da nossa história cultural mais alta.
Presépio da Basílica dos Mártires (Lisboa)
No presépio encontram-se componentes puramente cristãs, como a incarnação do Filho de Deus («o Verbo torna-se carne», escreverá S. João), assumindo um rosto, uma história, uma pátria terrena, ou temas como a maternidade divina de Maria e o cumprimento da espera messiânica. Todavia, elas entretecem-se com questões universais, como a vida, a maternidade, a infância, o sofrimento, a pobreza, a opressão, a perseguição.
A excelência teológica, espiritual e humana destes temas exprime-se com grande sobriedade e intensidade na narrativa evangélica, mas tornou-se mais quente e colorida através da tradição popular e até do folclore. Pensemos por exemplo na pitoresca sequência dos presépios que, desde o séc. XVII, procuram atualizar o Natal de Jesus com a introdução de elementos da vida contemporânea, caindo por vezes no mau gosto, mas demonstrando sempre a importância daquele sinal religioso para o quotidiano das pessoas simples.
Como é sabido, a entrada em cena – já com S. Francisco – do burro e do boi é apócrifa e não evangélica, porque nasce da aplicação muito livre ao acontecimento de Belém de um passo do profeta Isaías, que rotulava assim a indiferença do povo hebraico em relação com o seu Deus: «O boi conhece o seu dono, e o jumento, o estábulo do seu senhor; mas Israel, meu povo, nada en­tende» (1, 3).
Partimos da figura de um santo que está diante do presépio. Concluímos agora com um ateu, o célebre dramaturgo alemão Bertolt Brecht, que numa poesia recompõe o seu presépio vivo, constituído por uma família pobre, semelhante à de muitos refugiados que vivem nos acampamentos ou nas cidades sob o pesadelo da guerra, bem como daquelas que em não poucas casas vivem momentos difíceis: «Hoje estamos sentados, na véspera de Natal,/ nós, gente mísera/ num gélido quartinho./ O vento corre de fora,/ o vento entra./ Vem, bom Senhor Jesus, a nós!/ Volta o olhar:/ porque Tu és-nos realmente necessário».

Autores:

Teresinha Costa, 8ºB
Henrique Andrade, 8ºB
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Agências financeiras: guia para interpretação...


Nos últimos meses o setor económico e financeiro português têm estado em suspenso com as possíveis subidas de rating, da agências de notação financeira. Quando é que estas agências entraram na nossa vida? O que são agências de rating?
No dia 15 de setembro de 2008, depois de uma perda de 2,7 milhões de euros no primeiro semestre, o Lehman Brothers decretava falência. Era, na altura, o quarto maior banco de investimento dos EUA. Para o exterior, a mensagem transmitida pelos responsáveis era que a crise do subprime tinha sido a principal causadora e que os problemas com os ativos financeiros considerados "tóxicos" já duravam há algum tempo. no entanto, até à altura do colapso, as três mais importantes agências de rating dos EUA e internacionais classificavam o banco positivamente e como "Investimento" seguro. Desde essa altura, tudo se precipitou e as agências de notação financeira passaram a fazer parte do nosso quotidiano.
Esse tipo de atividade começou a existir em meados do século XIX, nos Estados Unidos, quando algumas empresas forneciam aos comerciantes informações sobre a solvabilidades seus clientes, avaliando a capacidade desses cliente para honrar os pagamentos devidos em uma determinada obrigação financeira, tendo em vista a qualidade dos fiadores
Quem investe numa obrigação, está a emprestar dinheiro à entidade emitente. A primeira consideração a fazer, é garantir que a amortização é feita com juros. A qualidade do crédito pode ser uma ferramenta valiosa na avaliação a fazer porque se refere à capacidade da entidade emitente em gerar juros e o pagamento atempado e na sua totalidade.
A qualidade do crédito pode também ter impacto na taxa de juro duma obrigação. Com frequência, as entidades emitentes avaliadas como tendo elevada qualidade de crédito, pagam um juro mais baixo porque as suas obrigações têm menor risco de incumprimento. Para entidades emitentes avaliadas como tendo crédito mais fraco, normalmente têm taxas de juro mais elevadas para compensar um maior risco de incumprimento.
Quando se verificam notações de crédito de qualidade variáveis, entre as obrigações de empresas e as obrigações das entidades da administração local, tal facto sugere uma necessidade de pesquisa e investigação rigorosa. Contudo, não é fácil avaliar a fiabilidade do crédito de uma entidade emitente sem ser feita uma análise profunda da situação financeira dessa entidade e da conjuntura financeira envolvente.
Muitos investidores procuram informação junto de agências de notação de crédito ou de rating, como a Standard & Poor’s (S&P), a Moody’s ou a Fitch, para analisar as entidades emitentes e avaliar as suas obrigações. Estas classificações baseiam-se na avaliação da capacidade financeira do emitente da obrigação e pode ser um excelente ponto de partida para determinar a solidez do investimento.
As notações seguintes baseiam-se no sistema utilizado pela S&P, mas todas as principais agências de rating utilizam indicadores semelhantes nas suas notações de crédito:
  • AAA é o rating mais elevado e D é o mais baixo.
  • Obrigações a que foi atríbuida a notação de crédito AAA, AA, A e BBB são consideradas obrigações “investment grade” o que significa que estão relativamente salvaguardadas do risco de incumprimento.
  • Obrigações com rating BB ou abaixo (incluindo B, CCC, CC, e C) são consideradas de elevado rendimento com maior risco devido a caraterísticas especulativas e podem ser vulneráveis ao risco de incumprimento.
  • Obrigações com notação D já se encontram em incumprimento.
  • Os ratings podem ser modificados com o sinal mais (+) ou menos (-), que indica capacidade financeira relativa dentro de cada categoria.

É importante realçar que as notações ou ratings representam a opinião expressa pela agência de notação e não são, de todo,standards de qualidade absolutos. Com frequência, as empresas de fundos de investimento têm os seus próprios analistas de crédito, que, antes de incluírem uma obrigação na sua carteira de fundos, fazem uma análise adicional cuidada.


Autores:

9ºB
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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Comunicar: uma ferramenta para os jovens


Este artigo tem como pano de fundo a criação de jovens líderes e as suas aptidões comunicativas.
Atualmente, os jovens preocupam-se essencialmente em adquirir conhecimentos científicos para conseguir um desempenho escolar de excelência que lhe garanta o acesso ao curso que pretendem. No entanto, a par dos conhecimentos científicos, a capacidade de comunicar, entre outras valências, é muito importante, devendo, por isso ser desenvolvida quer nas escolas, quer em casa. Constata-se que muitos jovens não têm competências comunicativas, e nem mesmo a simples capacidade de apresentar um trabalho a um conjunto de pessoas sem estarem nervosas, e sem se deixarem afetar pela pressão, cativando a plateia e mantendo-a interessada pelo tema em questão.
Contudo, esta falta de aptidões comunicativas não acontece apenas com aqueles que não frequentam a escola ou que têm um comportamento mais incorreto para com a educação. Mesmo os bons alunos têm de as desenvolver. Existem muitos bons alunos com dificuldades em fazer um discurso ou uma apresentação frente à sua turma, por exemplo.
A ausência de uma facilidade em comunicar fluidamente e de forma coerente leva a que os jovens nunca tenham um desempenho muito positivo numa situação em que estas aptidões tenham de ser usadas (discursos, palestras…). Limitando-se assim, a eles próprios, não lhes permitindo evoluir profissionalmente nas suas carreiras profissionais. Posto isto, conclui-se que esta é uma capacidade que facilita a difícil tarefa que é, hoje em dia, entrar no mundo de trabalho, processo este que cada vez exige mais dos jovens.
Contudo, é preciso entender que por vezes a culpa não está na sua totalidade sobre o aluno, mas sim sobre o sistema educacional e na sociedade. O jovem tem de ter a capacidade para ver o quão importante se tornou, nos dias de hoje, a capacidade de criar um discurso oral, fluente e coerente. 
Tendo como exemplo, o meu irmão, aluno de excelência, sempre me tentou incentivar muito nos estudos, contudo, apesar de termos sidos criados em ambientes sociais iguais, não sou tão aplicado aos estudos como era o meu irmão mas, não é por isso que não vejo a mesma importância que o meu irmão, nas aptidões comunicativas. 
Em suma, para o aluno conseguir ter um bom desempenho profissional, é necessário um esforço do mesmo e do sistema educacional para que este se torne o melhor profissional possível.
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O V Império: a educação


Evolução da Educação em Portugal

Dominada pela Igreja e pelos Jesuítas, foi apenas no reinado de José I, pelas mãos de Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal, que a educação em Portugal começou a evoluir. Esta, aquando se encontrava sobre o domínio Jesuíta caracterizava-se como lenta, seletiva (uma vez que muitos conhecimentos eram censurados) e religiosa, sendo que tudo isto levou à sua expulsão pelo Marquês, que na década de 1770 tomou a educação como uma posse do Estado, levando a que esta fosse acessível a toda a população.
Atualmente, a educação continua em constante evolução, sendo que as medidas aplicadas pelo Marquês de Pombal foram sendo aperfeiçoadas de modo a que a educação no nosso país pudesse chegar a toda a população, diminuindo a taxa de analfabetização e aumentando a taxa de escolarização nacional no ensino superior.
Contudo, este aumento não foi generalizado uma vez que o Algarve apresentou uma diminuição de cerca de 2% na década em causa, o que levou a uma diminuição, ainda que muito pequena, da média nacional.
Com este constante aumento da escolarização em Portugal, o mercado de trabalho tornou-se cada vez mais restrito, levando a que apenas os melhores pudessem fazer parte do mesmo. Devido a estas restrições a população teve necessidade de se distinguir levando a que a formação ao longo da vida fosse cada vez mais importante para a população trabalhadora. Assim, as pessoas apostam cada vez mais na formação ao longo da vida e na obtenção de maiores qualificações académicas, como por exemplo mestrados e doutoramentos, de modo aumentarem os seus conhecimentos e especializarem-se num determinado ramo, aumentando assim a sua competitividade e diminuindo a probabilidade de despedimento.

Atendendo à evolução do mercado de trabalho, juntamente com a evolução da educação nacional, a população portuguesa virou-se para as ciências e para as tecnologias, levando a que se registasse aumentos bastantes significativos num período de 10 anos (2005-2015).
Este aumento, apesar de existir a nível nacional não foi totalmente generalizado, uma vez que apenas a região Norte, Centro e Lisboa registaram esse aumento. Assim sendo, regiões como os Açores, Madeira, Alentejo e Algarve nadaram contra a corrente e apresentaram uma redução no seu número de licenciados em áreas de ciência e tecnologia.


Educação portuguesa do Século XIX vs Educação portuguesa atual

Como é possível observar nas estatísticas acima apresentadas, a educação nacional encontra-se num processo de grande evolução, sendo que a edução portuguesa do século XIX é muito diferente da educação atual.
No século XIX, em Portugal, a educação era tradicionalista, católica e conservadora, sendo valorizada a memorização, a moral do catecismo, a devoção religiosa juntamente com a conceção punitiva do pecado que, em conjunto, não permitiam o desenvolvimento do pensamento crítico, bem como a aprendizagem de conhecimentos verdadeiros e empíricos. 
Atualmente, a educação portuguesa está muito longe daquilo que outrora foi. Investimentos, apostas em novos métodos e vontade de trabalhar por um bem comum levaram a que esta evoluísse e atingisse o nível onde hoje se encontra. 
Hoje em dia, em Portugal, nas nossas escolas valoriza-se o pensamento crítico, por isso temos Filosofia; valoriza-se o raciocínio, por isso temos Matemática durante 12 anos; valoriza-se a linguagem, quer nacional quer internacional, por isso temos Português e Inglês; valoriza-se a escolarização de toda a população, por isso temos o ensino obrigatório. Atualmente, em Portugal, valoriza-se o conhecimento.

Ensino Superior em Portugal

Atualmente em Portugal o ensino superior representa o que há de melhor no nosso país, instituições públicas como a Universidade do Porto, do Minho e de Lisboa são a prova viva disso, disponibilizando ensino de qualidade elevada a preços reduzidos. A universidade do Minho, devido a investimentos realizados e à sua mentalidade empreendedora foi capaz de desenvolver cursos bem sucedidos, alcançando assim um elevado estatuto nacional e adquirindo o apoio de multinacionais como a Google, a Microsoft e a Bosch, com quem possui parcerias e relações laborais, levando a que os seus alunos tenham mais facilmente a porta aberta para um emprego nestas empresas de renome.
No entanto, também existem instituições de caráter privado, como a Porto Business School, a Nova School of Business and Economics e a Católica Lisbon School of Business and Economics, sendo estas reconhecidas internacionalmente pela Financial Times, que considera estas universidade portuguesas como sendo das melhores a nível europeu e mundial, apresentando também uma das melhores relações preço qualidade, o que permite a atração de alunos de todo o mundo.

Exportação de conhecimento

País pequeno junto ao mar, país pequeno com potencial enorme, país pequeno com mentes brilhantes. Portugal, dada a sua dimensão populacional e territorial não é dos países com maior importância económica e social a nível mundial. Contudo, a educação portuguesa permite-nos exportar personalidades que brilhantemente ocupam cargos de elevada importância mundial, como é o caso de António Guterres, António Horta Osório, Vítor Constâncio e António Damásio.

António Guterres

António Manuel de Oliveira Guterres formado no Instituto Superior Técnico em Engenharia Eletrotécnica é um engenheiro e político português e, também, o nono secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), tendo exercido o cargo de Alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados até 2015. 
António Guterres foi também secretário geral do PS (Partido Socialista) e Primeiro Ministro do Governo português.





António Osório
Licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, tendo sido nos últimos três anos do seu curso Professor Assistente de várias cadeiras do curso de Gestão, António Horta Osório é um economista, professor e banqueiro português.
Atualmente, é o CEO do Lloyds Bank, tendo anteriormente sido um dos principais responsáveis do Grupo Santander.





António Damásio

António Rosa Damásio  é um  neurologista e neurocientista português que trabalha no estudo do cérebro e das emoções humanas. 
Licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde veio também a doutorar-se.  
Ao longo da sua vida foi distinguido com vários prémios, tendo também publicado alguns livros, tendo a sua primeira obra sido eleita como um dos 10 livros do ano em 2001.


À medida que o tempo avança o mundo evolui connosco, nós moldámos o mundo e a sociedade; a educação é um exemplo disto. Retrógrada, incompleta e pouco fiável no século XIX, passou a ser empírica, real, capaz e de qualidade na atualidade. 
Portugal é pequeno e nós exportámos o que podemos, produzimos o que podemos, sendo o azeite, o calçado e a cortiça vistos como a principal exportação portuguesa. Contudo, isto está muito longe da realidade. A maior exportação portuguesa é o conhecimento, são as nossas capacidades, as nossas mentes… os nossos compatriotas. Portugal chegou a um ponto em que apesar de não ser territorialmente conhecido é reconhecido pelo mundo como o país que dá à sociedade mentes brilhantes, mentes capazes de liderar e de descobrir. Já fomos conquistadores um dia. Porque não sê-lo agora? A educação é uma ferramenta poderosa, e a nossa… poucas rivais tem. O português consegue competir com qualquer um, o português não se deixa vencer, o português é reconhecido lá fora, a educação portuguesa é reconhecida lá fora.
O V Império de Pessoa está a crescer, mas cabe-nos apenas nós dar-lhe forma.

Autor:

Bruno Cruz, 12º C

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Solidão sénior


O trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Sociologia tem como finalidade alertar a comunidade escolar para o problema social do envelhecimento da população, um tema bastante perturbador e preocupante hoje em dia. 
A escolha deste tema surgiu porque a solidão na terceira idade é algo que me perturba e envergonha, sobretudo quando penso que é um fenómeno cada vez mais frequente na nossa sociedade, a qual até aparenta ser muito evoluída. Contudo, é esta sociedade que reage de uma forma pouco justa relativamente aos idosos e ignora o problema do envelhecimento, chegando a ser considerado um tabu hoje em dia. Além disto, a solidão é um problema social que tende a aumentar. Portugal apresenta uma população muito envelhecida e, portanto, cada vez mais vai ter que lidar com os idosos e todos os seus problemas em vez de os ignorar assim como todas as suas necessidades. 
No trabalho abordei o assunto da solidão nos idosos, as formas de institucionalização, como é encarado este fenómeno pela sociedade atual e até a importância da internet no mesmo e concluí que, na verdade, é um problema ainda em crescimento e que não tem para já ponto de parar tão cedo. 
 Concluí que a solidão nos idosos traz muito mais do que apenas a depressão nos mesmos. Com esta negligência por parte da sociedade, além de se sentirem isolados, os idosos tendem a perder a qualidade de vida. Além disso, na Europa existem cada vez mais idosos sozinhos, muitos deles com condições financeiras precárias, ou seja, esta precariedade faz também com que careçam de cuidados de higiene, alimentação e outros. Em acréscimo, grande parte dos idosos passam parte da vida sem valorizar a sua própria vida e quando se apercebem já estão em fase de declínio e pouco podem fazer para que os seus objetivos sejam realizados.
Constatei ainda que existem muitos projetos de grande valor que estão a ser implementados e que têm surtido efeitos no combate à solidão dos idosos. 
A sociedade tem estado a despertar para o problema mas ainda faz muito pouco para o solucionar. É urgente que mude a sua atitude perante este fenómeno, apostando seriamente em programas de sensibilização da comunidade civil para o envelhecimento da população e na criação de mais instituições e programas que permitam, pelo menos em parte, garantir uma melhor qualidade de vida aos idosos e a dignidade merecida após o contributo de anos para a sociedade em que está inserido.

Autora: 

Joana Dias, 12ºD

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Uma realidade invisível...


O trabalho infantil é ainda uma prática bastante comum sobretudo em países subdesenvolvidos. Nos países mais desenvolvidos é uma realidade menos comum mas que ainda persiste. Este fenómeno é de relevante importância para as sociedades atuais uma vez que tem implicações em várias dimensões quer sociais, quer económicas. Ao nível social, leva ao abandono escolar, à miséria, à fome e à exclusão social. Em termos económicos, a falta de formação das crianças traduzir-se-á, no futuro, em recursos humanos menos qualificados, o que terá reflexo no desenvolvimento e crescimento económico dos países.
Em acréscimo, é possível afirmar que o problema da exploração do trabalho infantil requer inúmeras mudanças por possuir nomeadamente questões culturais, económicas, sociais e políticas que precisam, portanto,  de ser tratadas em conjunto para que haja um resultado efetivo. De nada adiantarão medidas isoladas, senão soluções temporárias.
Apesar da redução em 25% do total de crianças a trabalhar ilegalmente no país, esta estatística não representa uma vitória no combate ao problema, trata-se do início de uma batalha que para ser ganha, ainda é necessário bastante trabalho conjunto desde a prevenção através de uma consciencialização, à repressão através de uma maior fiscalização, de uma rígida aplicação da legislação e suas sanções.
Devemos, sem dúvida, investir e insistir no pensamento de tornar o futuro destas crianças em algo melhor. Não podemos baixar os braços, não podemos esquecer estas crianças. O problema destas crianças é um assunto que diz respeito a todos nós, uma vez que, se a situação delas não for alterada, o ciclo de pobreza e exploração do trabalho infantil tende a continuar e a não acabar.
O único meio de impedir a renovação desse ciclo, no meu ponto de vista, é através de políticas sociais direcionadas às crianças trabalhadoras e essas medidas serem tomadas pelo governo que nós vamos escolher! Ou seja, indiretamente, a população em geral é quem tem o poder de mudar essa situação através do sistema democrático. Sempre pela via do diálogo intercultural! (que leva a que se estabeleçam critérios/leis universais).
Não é John Locke que defende que o estado justifica-se porque pode dar a cada indivíduo mais proteção? Sim, no entanto podemos verificar que ainda não se verificou essa proteção total nas crianças exploradas! Posto isto, fazem-se duas questões lógicas com o objetivo de consciencialização:
Será que podemos falar em progresso enquanto houver crianças exploradas?
Enquanto as crianças continuarem a ser utilizadas como um meio para se atingir determinados fins, nunca teremos um mundo plenamente justo, digno e desenvolvido!
Qual o papel de cada um contra a exploração infantil?
Bem sabemos que o combate ao trabalho infantil é uma meta invisível, porém se aplicarmos as medidas (possíveis soluções) referidas anteriormente, talvez haja o fim do trabalho infantil.
Não podemos devolver a essas crianças o que lhes foi tirado (um pouco impossível). No entanto, podemos trabalhar para ajudar a resgatá-las e criar ambientes em que as famílias não possam pôr em risco os membros mais jovens e mais vulneráveis da sociedade: as crianças.

Autora:

Laura Mateus, 12ºD

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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Magnum: uma vida na fotografia

Guerra Civil Espanhola, 1936 (Fotografia de Robrt Capa)

Uma exposição em Nova Iorque, comemorativa dos 70 anos da fundação da Agência Magnum (uma cooperativa de fotógrafos), no Museu International Center of Photography é um momento único para celebrar o fotojornalismo. Os curadores Clément Chéroux e Clara Bouveresse demonstram como a Magnum Photos deve sua preeminência à capacidade dos seus fotógrafos em englobar e cruzar a fotografia como objeto de arte e a fotografia como evidência documental.
Guerra Civil de Espanha, 1936 (Fotografia de Robert Capa)
A exposição é feita através das fotos, mas também recupera encontros dos próprios fotógrafos, como Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, as duas figuras emblemáticas da agência, com um centro de gravidade situado entre Paris e Nova York, os seus dois laboratórios históricos.
A Magnum é uma “utopia fotográfica”, dizia o francês Cartier-Bresson, “uma construção de observadores”.
A cooperativa de fotógrafos marcada pela Segunda Guerra Mundial, a agência representa desde o seu início os valores humanitários, muito presentes nos seus primeiros anos de vida.
Setenta anos depois da sua criação, em 6 de fevereiro de 1947, ao redor de uma garrafa de champagne no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), a agência ainda emprega 49 fotógrafos e continua a oferecer a sua crónica visual do mundo. Uma longevidade sem igual para uma instituição que se dedica exclusivamente à fotografia.
Leninegrado, Rússia, 1973 (Fotografia de Henri Cartier-Bresson)
Autoras:

Catarina Lopes, 9ºA
Dânia Neto, 9ºA
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Um ambiente melhor para uma economia sustentável


A sustentabilidade é o novo signo da economia mundial e os nossos jovens estudantes estão a pensar novas estratégias de colocar na ordem do dia esta realidade. Para tal os nosso jovens repórteres realizaram dois vídeos.
Após o debate e discussão sobre o modo de promoção do seu objetivo foi, unanimemente, decidido que iriam proceder à realização de uma vídeo reportagem, cujo intuito era a representação do contraste entre a realidade e a expectativa do comportamento dos cidadãos para com o ambiente. Para tal, utilizaram a ecopista da nossa escola como um exemplo prático para a aplicação dessas normas. De seguida, recorreram à construção de uma maqueta para auxiliar a compreensão dessa temática. Nesta, é possível observar a representação de uma casa na árvore que possui diversos recursos, como é o caso dos painéis solares, que garantem a sua autossustentabilidade energética.
Por fim, é esperado que, com os fundamentos deste projeto, a sociedade adote novos comportamentos para com o ambiente, promovendo assim a sustentabilidade global, evitando problemas de caráter irreversível, como é o caso do esgotamento dos recursos naturais.


Autores:

10ºA
Beatriz Dias
Catarina Du
Domingos Santos
Helena Gonçalves
João Gil Mesquita
Joana Lobo Coutinho
Jorge Andrade
José Gonçalves
Matilde Moreira Luís
Renata Bessa
Sara Silva Neto

No segundo vídeo, exploram a ecopista da escola, espaço verde com 2 hectares, que tem espaços didáticos, tais como a horta e a estufa, entre outros. Decidiram utilizar estes locais, porque demonstram perfeitamente o tipo de iniciativas desenvolvidas aqui que visam este projeto. Além disso, os alunos realizaram pequenos excertos áudio para descrever os aspetos sustentáveis do Colégio Casa-mãe.  Assim, consideraram que o trabalho desenvolvido no Colégio deve ser tido como um exemplo de utilização consciente dos recursos naturais.


Autores:

10ºB
Cristina Santos
Leonardo Duarte
Mafalda Gonzaga
Margarida Silva
Maria Inês Carvalho
Mariana Gomes Costa
Marta Silva
Nuno Ferreira
Pedro Ferreira Magalhães
Rúben Soares
Sérgio da Gama
Teresa Dias 
Tiago Leal Brandão
Tomás Frias
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Gaudí e a sua arquitetura

Sagrada Família

Antoni Gaudí i Cornet (1852-1926) foi um famoso arquiteto catalão e figura de ponta do Modernismo catalão. As obras de Gaudi revelam um estilo único e individual e estão, na sua maioria, na cidade de Barcelona.
Casa Vicens (Barcelona)
Grande parte da obra de Gaudi é marcada pelas suas grandes paixões: arquitetura, natureza e religião. Gaudi dedicava atenção aos mais ínfimos detalhes de cada uma das suas obras, incorporando nelas uma série de ofícios que dominava: cerâmica, vitral, ferro forjado e marcenaria. Introduziu novas técnicas no tratamento de materiais, como o trencadís, realizado com base em fragmentos cerâmicos.
Depois de vários anos sob influência do neogótico e de técnicas orientais, Gaudi tornou-se parte do movimento modernista catalão, que atingiu o seu apogeu durante o final do século XIX e início do século XX. O conjunto da sua obra transcende o próprio movimento, culminando num estilo orgânico único inspirado na natureza. Gaudi raramente desenhava projetos detalhados, preferindo a criação de maquetes e modelava os detalhes à medida que os concebia.
A obra de Gaudi é amplamente reconhecida internacionalmente e objeto de inúmeros estudos, sendo apreciada não só por arquitetos como pelo público em geral. A sua obra-prima, a inacabada Sagrada Família, é um dos monumentos mais visitados de Espanha. Entre 1984 e 2005, sete das suas obras foram classificadas como Património Mundial pela UNESCO. A devoção católica de Gaudi intensificou-se ao longo da sua vida e a sua obra é rica no imaginário religioso, o que levou que fosse proposta a sua beatificação.
Pormenor Casa Batlló (Barcelona)
Já arquitecto de créditos firmados, Gaudí buscou um estilo próprio e se quisermos citar exemplos desse estilo a Casa Batlló e a Casa Milá serão certamente as que nos acudirão ao espírito. De tal forma ousadas eram essas construções que o público de Barcelona, apesar da estima e do prestígio de Gaudí, não deixou de as alcunhar e de as considerar quase aberrantes. A obra de Gaudí por excelência foi, no entanto, o templo expiatório da Sagrada Família, obra a que dedicou uma parte importante da sua vida e em que trabalhou aturadamente nos seus últimos 12 anos de existência.
Uma visita a Barcelona vale a pena para explorar este grande artista do século XX...

Autoras:

Catarina Lopes, 9ºA
Dânia Neto, 9ºA
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Importância económica da floresta


O Sector Florestal Português é orientado para a exportação. As exportações de produtos florestais têm-se destacado, representando 10% do total das exportações do país; o sector é ainda responsável por 4% das importações.
Fonte: ICNF
Desde 2012, as exportações ultrapassam as importações em 2 mil milhões de euros (2,5 mil milhões de euros em 2015), tornando-se um sector importante na balança comercial externa e por sua vez na
economia portuguesa.

• Os investimentos realizados no aumento da capacidade de produção pelas indústrias, que em alguns casos podem exigir um suprimento extra de matéria-prima, pode afetar o abastecimento de madeira;
• Nesta perspetiva, a biomassa florestal para energia representa uma procura adicional que recai sobre o fornecimento de matéria-prima.
Fonte: ICNF

Em 2015, verifica-se:
• A “pasta de papel, papel e cartão e suas obras” representa 50% do valor das exportações e 54% das importações;
• Os “produtos de madeira, carvão vegetal, mobiliário e suas obras” correspondem a 27% das exportações e 35% das importações;
• Os “produtos de cortiça” correspondem a 18% das exportações e 6% das importações de produtos de base florestal, registando um excedente comercial de 753,9 milhões de euros.
• Confirma-se deste modo a orientação das fileiras florestais para a exportação.
• A produção de madeira de resinosas para a indústria tem vindo a diminuir a taxas preocupantes (variação média anual -2%) embora com variação positiva de 0,45% observada entre 2013 e 2014;
• A produção de madeira de folhosas tem aumentado substancialmente e a taxas mais elevadas (86%) do que a diminuição da madeira de resinosas;
• Esta evidência reforça as incertezas associadas mercado nacional para satisfazer as necessidades de matéria-prima das indústrias, ou seja, os altos riscos relacionados com incêndios, pragas e doenças são uma ameaça para a produção de madeira para serrar, a nível nacional, especialmente das resinosas.
A Estratégia Nacional para as Florestas (Portaria n.º 6-B/2015) assume como principais estratégias de política a minimização dos riscos para as florestas por agentes bióticos e abióticos e o aumento da produtividade dos povoamentos, aspetos fundamentais para manter e aumentar a importância económica das fileiras florestais em termos de balança comercial. Contudo, no curto prazo, para garantir o fornecimento de indústrias de base florestal e o consumo doméstico perspetiva-se a necessidade de importação de madeira nos mercados internacionais e estima-se que haja uma redução
nas exportações.

Autores:

Bruno Cruz, 12ºC
José Francisco Pinto, 12ºC
Miguel Magalhães, 12ºC
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Desenvolvimento Sustentável


As Nações Unidas lançaram uma agenda para o Desenvolvimento Sustentável em 2015. Trata-se da nova agenda de ação até 2030, que se baseia nos progressos e lições aprendidas com os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, entre 2000 e 2015. Esta agenda é fruto do trabalho conjunto de governos e cidadãos de todo o mundo para criar um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações climáticas.
Esta Agenda é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Ela também busca fortalecer a paz universal com mais liberdade. Reconhecemos que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Todos os países e todas as partes interessadas, atuando em parceria colaborativa, implementarão este plano. Estamos decididos a libertar a raça humana da tirania da pobreza e da penúria e a curar e proteger o nosso planeta. Estamos determinados a tomar as medidas ousadas e transformadoras que são urgentemente necessárias para direcionar o mundo para um caminho sustentável e resiliente. Ao embarcarmos nesta jornada coletiva, comprometemo-nos que ninguém seja deixado para trás.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas que estamos anunciando hoje demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda universal. Eles se constroem sobre o legado dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e concluirão o que estes não conseguiram alcançar. Eles buscam concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a económica, a social e a ambiental.
Os Objetivos e metas que devem estimular a ação para os próximos anos em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta:

Agora compete-nos, também a nós pensar e agir para um mundo mais sustentável em cada um dos nossos gestos...

Autor:

José Francisco Pinto, 12ºB

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Livrarias


A Bertrand Chiado foi considerada pelo Guinness Book, em 2011, a livraria mais antiga do mundo ainda em funcionamento. Tendo surgido em 1732, a loja que hoje está situada na Rua Garrett no Chiado tem diversas salas e alguns poucos cantinhos para que os leitores e visitantes possam estar ali algum tempo a ler. Por ter tanto tempo de funcionamento, a livraria acompanhou diversos pontos marcantes da história além de ter tido o privilégio de receber frequentadores importantes. Muitos pensadores e escritores famosos frequentaram a livraria, não só para lerem e conviverem mas também para participar das tertúlias que tinham lugar ali. Eça de Queirós, Antero de Quental e Alexandre Herculano são alguns dos que por lá passaram, sendo este último frequentador assíduo do local, tendo inclusive lançado livros na livraria. Aquilino Ribeiro também era habitué, de tal modo que logo na primeira sala ao lado direito é possível ver o “Cantinho do Aquilino”.
A primeira loja da Bertrand foi inaugurada na Rua Direito do Loreto por Pedro Faure. Depois do famoso terremoto de 1755 tiveram que mudar para perto da Capela de Nossa Senhora das Necessidades, retornando a baixa pombalina 18 anos depois, depois de já estar reconstruída. A Bertrand com o passar dos anos foi se expandindo e é hoje a maior rede de livrarias de Portugal com mais de 50 lojas.
A História do livro e das livrarias em Portugal é indissociável dos franceses. A partir do séc. XVIII registou-se a chegada de um elevado número de livreiros franceses a Portugal, entre os quais Pedro Faure, que como já afirmamos viria a fundar a que hoje conhecemos por “Livraria Bertrand”. Lisboa contava então com a presença de vários compatriotas de Pedro Faure, desenvolvendo atividades no mesmo ramo, ao que parece, na sequência de uma tradição de fixação, entre nós, de impressores e livreiros de origem francesa. Pedro Faure, que já em 1727 se encontrava à frente de uma loja de estampas na Cordoaria Velha, abriu uma livraria em 1732, provavelmente com o seu nome, na Rua Direita do Loreto, muito próximo da atual Livraria Bertrand do Chiado.
Agora que as férias estão a chegar, nada como nos envolvermos em longos momentos de leitura, visitando as histórias criadas pelos escritores mundiais, à venda numa livraria perto de si...

Autor:

Maria Moreira, 8ºA
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Pobreza e exclusão social


Em todo o mundo, ao longo dos tempos, os indivíduos têm presenciado e/ou vivenciado situações de desigualdade que resultam das disparidades na repartição dos rendimentos. As pessoas que sofrem com essa realidade acabam muitas vezes na pobreza que, por sua vez, conduz à discriminação e exclusão social. 
Este cenário de injustiça e pobreza tem lugar em todo o mundo e é muito frequente, tanto nos países menos desenvolvidos, como nas sociedades mais avançadas. 
Risco de pobreza ou exclusão social na UE (2008-2015)

O mundo em que vivemos é ainda muito pobre. Continua a existir um grande número de pessoas cuja capacidade financeira é insuficiente para se sustentar a si e às suas famílias, situando-se abaixo do limiar de pobreza. 
A pobreza faz com que as pessoas não sejam capazes de garantir uma vida digna, tornando-as mais vulneráveis. Muitas crianças e jovens pertencentes a famílias mais carenciadas crescem, por esse motivo, sem uma estrutura familiar sólida o que vai ter consequências no seu futuro. Deste modo, terão uma maior propensão para se tornarem marginais, desocupados e violentos, muitas vezes não porque querem mas por falta de alternativas dado que, normalmente, são socialmente excluídos.  


É importante referir que o fenómeno da pobreza não afeta apenas as classes mais desfavorecidas, mas sim toda a sociedade no geral, uma vez que, o nível de bem-estar é maior quando todos os indivíduos vivem em harmonia, respeitando-se mutuamente de acordo com os valores e normas vigentes.    
Os últimos anos têm sido fundamentais no combate à pobreza e exclusão social. As sociedades têm-se envolvido na luta contra este fenómeno com o objetivo de mobilizar mais pessoas e mais recursos para apoiar quem vive nesta situação tão complicada.

Autores:

José Francisco Pinto, 12ºC
Domingos Campos, 12ºD
Joana Dias,12ºD

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Desigualdades Sociais


É notória a disparidade social entre diferentes continentes, países, regiões, estados e, até mesmo, cidades. Essa desigualdade é um dos maiores problemas da sociedade e é uma das causas de boa parte dos conflitos entre povos. A intensificação desse processo tende a agravar, ainda mais, os problemas socioeconómicos das pessoas mais carenciadas.
A desigualdade social é consequência da má distribuição da riqueza, facto constatado na maioria dos países. Esse fator gera um contraste económico e social entre a população, pois apenas uma pequena parcela da sociedade detém a maioria dos recursos económicos, enquanto que a maior parte sobrevive com a menor parcela da riqueza.


O futuro são as crianças e tendo isso em consideração foi analisada a perceção das mesmas acerca do tema das desigualdades sociais.
A colaboração dos alunos do 4º ano enriqueceu o projeto na medida em que permitiu conhecer a perspetiva dos mais novos acerca do tema das desigualdades sociais. As crianças demonstraram-se proativas, interessadas e motivadas o que se encontra patente nos trabalhos realizados com empenho e dedicação revelados em cada ilustração ou até comentário que teceram. Em acréscimo, estes alunos revelaram-se conscientes das disparidades existentes na nossa sociedade.
Em tom de conclusão, em prol de uma maior equidade, a sociedade deve assumir uma posição mais ativa, interventiva e solidária de modo a minimizar as diferenças existentes entre os membros de uma comunidade e os cidadãos do mundo inteiro, promovendo desta forma uma maior justiça social.

Autores:

Beatriz Ramiro, 12ºC
Miguel Magalhães, 12ºC
Laura Mateus, 12ºD
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A Família e os tempos modernos


A família é considerada a instituição social básica, a partir da qual outras se desenvolveram devido à complexidade da vida em sociedade. É uma das mais antigas instituições sociais humanas, apresentando um caráter universal. Não obstante, as formas de vida familiar têm variado no tempo (de geração para geração) e no espaço (de sociedade para sociedade).  
As alterações que vão ocorrendo na sociedade, tal como a emancipação da mulher, o divórcio, as crianças e os idosos que passam a estar ao cuidado de instituições, nomeadamente, jardins-de-infância e lares, entre outras, provocaram a necessidade de reorganização das famílias, originando novas estruturas familiares.
Assim, hoje em dia, a par do modelo tradicional de família (pai, mãe e filhos, ou apenas pai e mãe), existe ainda a família recomposta, monoparental e homossexual. 
A família tradicional resulta de um primeiro casamento, enquanto a família recomposta advém de um novo casamento ou união, com reunião dos filhos de casamentos anteriores e os novos filhos. Este tipo de estrutura familiar tem aumentado devido ao crescimento dos divórcios. 
A família monoparental é formada pelo pai ou pela mãe e filhos. É fruto da viuvez, do divórcio ou vontade expressa por um dos progenitores. 
A família homossexual é composta por duas pessoas do mesmo género. Portugal Espanha, Brasil, Reino Unido, são exemplos de países que já instituíram legalmente este novo relacionamento familiar.
Pode-se ainda referir as famílias sem vínculo matrimonial, os jovens casais que vivem com os pais durante uma parte da semana e no resto do tempo vivem juntos, e o caso dos casais divorciados que regressam a casa dos pais. Mais recentemente, as pessoas que vivem sós têm vindo a aumentar, originando o conceito de família unipessoal. 
É importante realçar que a par das mudanças nos tipos de famílias têm também ocorrido alterações relativamente às suas funções. A família desempenha variadas funções na sociedade, entre elas: a função económica, que exige que os membros da família trabalhem em conjunto, partilhando o resultado da produção; a função sexual e socialização, ou seja, a necessidade de procriação e a transmissão de culturas e ideologias aos descendentes. Na atualidade, a família tornou-se uma unidade de consumo e delegou uma parte da educação e formação dos filhos para as instituições.
Por fim, tem-se assistido à redução do número de filhos que se deve à entrada da mulher no mercado de trabalho, ao aumento das dificuldades económicas, à despesa associada à educação e criação dos mesmos e à utilização de métodos contracetivos eficazes.
Concluindo, a sociedade depara-se com novas estruturas familiares que vão surgindo em consequências das mudanças sociais. Assiste-se à redução progressiva das famílias tradicionais, as quais têm vindo a ser substituídas por outros organizações familiares, principalmente monoparental e recompostas.

Autores:

Bruno Cruz, 12ºC
Bárbara Ferreira, 12ºD 
Paulo Menezes, 12ºD
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