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segunda-feira, 30 de março de 2015

A história da moeda - da troca direta aos cartões de crédito

A moeda faz parte do nosso quotidiano, estando presente na maior parte dos nossos atos. Por exemplo, quando vamos ao futebol ou ao restaurante, quando andamos no metro, quando fazemos compras no hipermercado, quando poupamos, estamos a utilizar dinheiro. Sempre que falamos de dinheiro pensamos em moedas metálicas, em notas, em cheques, em cartões de crédito e outras formas de moeda atuais.
No entanto, nem sempre existiu o dinheiro que hoje o conhecemos. Na verdade, nas sociedades primitivas, não existia dinheiro. As pessoas trocavam os bens que não precisavam por outros que necessitavam (por exemplo, uma ovelha por uma vaca), deste modo as duas ficavam satisfeitas. Nesse tempo, fazia-se a troca direta, trocava-se bem por bem.Aos bens aceites pela comunidade para efetuar a troca chamavam-se moeda mercadoria. O objeto que se trocava podia variar,dependendo da profissão da pessoa, por exemplo, os pescadores trocavam principalmente conchas, búzios e peixe.Este tipo de moeda apresentava diversas desvantagens. Por um lado, era difícil a cada indivíduo encontrar outro que necessitasse do bem que ele tinha para oferecer e, simultaneamente, ter disponível o bem de que ele necessitasse. Por outro lado, este tipo de moeda apresentava dificuldades relacionadas com o transporte, conservação e divisibilidade,por exemplo o gado não era divisível, o que dificultava as trocas. Para ultrapassar estes obstáculos criou-se a moeda metálica. Estudos comprovam que as moedas surgiram há quase 4 mil anos (2 500 a.C.), as primeiras moedas surgiram no século VII a.C., no reino da Lídia (atual Turquia). Estes inventaram a moeda metálica, com pesos, tamanhos e valores diferentes. Assim, o homem começou a dividir e pesar o metal quando pretendia realizar um negócio. Entre 640 e 630 a.C., foi inventada a cunhagem: as moedas passam a ser identificadas por imagens gravadas em relevo, como as moedas de hoje.
Morabitino, reinado D. Sancho I

Com os Descobrimentos houve um grande incremento da atividade comercial o que originou a necessidade de transportar grandes quantidades de moeda, sendo esta uma tarefa difícil e perigosa. Como solução para este problema os cambistas e ourives recebiam as moedas e guardavam-nas, emitindo um certificado de depósito ou letras de câmbio, de fácil transporte, originando o aparecimento do moeda-papel.
 
Depois de alguns anos de experiência, os bancos concluíram que apenas uma minoria dos detentores dos certificados exigia a sua convertibilidade em metal. Procurando ganhos cada vez maiores, os bancos começaram a emitir volumes de certificados que excediam, em larga escala, o ouro depositado. No período de crise que se seguiu os bancos não conseguiram converter os certificados em ouro porque não tinham reservas suficientes. Foi então que Estado resolveu intervir suspendendo a convertibilidade dos certificados e impondo a sua circulação.Apareceu, assim, o papel-moeda, que sãoas notas atualmente em circulação.
A primeira nota foi emitida na China. Na Europa, o papel-moeda foi introduzido pela primeira vez na Suécia em 1661.
Numa época relativamente recente, surgiu outro tipo de moeda – a moeda escritural, constituída por depósitos bancários e movimentada por meio de cheques, ordens de pagamento, letras, cartões débito ou crédito.
Apesar de na atualidadeas trocas na economia serem principalmente efetuadas com notas, moedas metálicas, cheques ecartões, a troca direta ainda faz parte do nosso quotidiano, ainda há um amigo oferece a outro amigo uma bolacha em troca de uma pastilha elástica.

Autor:

José Francisco Pinto, 10ºC