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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Aparições de Fátima: as sociedades modernas e a religião


O Centenário das Aparições em Fátima está a chegar e com ele discussões sobre o religioso nas sociedades contemporâneas, e, especificamente o fenómeno Fátima.
Foi a 13 de maio de 1917 que três crianças Jacinta, 7 anos, Francisco, 9, e Lúcia, 10 afirmaram ter visto "uma senhora mais branca que o Sol", sobre uma azinheira, enquanto pastoreavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, lugar da freguesia de Fátima. A aparição repetiu-se nos meses seguintes, sendo portadora de uma mensagem ao mundo até que, a 13 de outubro, se terá revelado como Nossa
Senhora do Rosário. A narrativa é feita por Lúcia, a mais velha dos três pastorinhos (e que sobreviveria até 2005, enquanto os primos morreram pouco depois dos eventos de Fátima, vítimas da Gripe Espanhola) e a única, também, que dizia falar com a aparição. É ela ainda a portadora do chamado Segredo de Fátima, constituído por três partes de caráter profético: a primeira parte é uma visão do inferno, a segunda a devoção a Maria. A última foi mantida no maior secretismo até ao ano 2000, quando o cardeal Ratzinger (que se tornaria o Papa Bento XVI) decidiu divulgar o texto ao mundo. Aludia a um ataque a um "bispo vestido de branco", interpretado pela Igreja como referência a um acontecimento específico: o atentado a João Paulo II, a 13 de maio de 1981. O  atual Papa, Francisco, estará em Fátima para celebrar o centenário das aparições, num momento que está a gerar grande expectativa.
A realidade contemporânea mostra-nos uma centralidade e transversalidade da "religião" em todos os domínios do social, mesmo que os praticantes tenham diminuído nos templos ou abracem credos mais minoritários, cansados das religiões institucionais. Ainda que a religião, não faça parte da vida de muitos jovens, ela continua a ser um fenómenos social importante. No próximo mês de maio, a Cova da Iria levará muitos a refletirem sobre a religiosidade das suas existências ou provocará uma discussão acesa sobre a dimensão alienante do religioso. as religiões potenciam a humanidades dos seres humanos ou escravizam-nos: eis a questão...

Autoras:

Dânia Neto, 9ºA
Catarina Lopes, 9ºA