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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

"Lucy" - o mais antigo antepassado humano

Reconstituição do Austalopiteco "Lucy"

No passado dia 24 de novembro celebraram-se 41 anos da descoberta científica que revolucionou o conhecimento dos antepassados humanos, um dos primeiros primatas bípedes que foi encontrado na Etiópia. Foi assim possível identificar uma nova espécie, alcunhada de Australopithecus afarensis, e reconstituir um dos elos perdidos na cadeia que levou até ao aparecimento da nossa própria espécie, Homo sapiens.
Esqueleto do Australopiteco "Lucy"
Lucy é um fóssil que existiu há cerca de 3,2 milhões de anos, descoberto em 1974 pelo professor Donald Johanson e pelo estudante Tom Gray , no deserto de Afar, na Etiópia quando uma equipa de arqueólogos fazia escavações. Cerca de 40% do esqueleto foi encontrado intacto, uma situação rara, já que na maioria das vezes os fósseis estão incompletos ou danificados. A descoberta deu-se enquanto ouviam a música "Lucy in the Sky with Diamonds" da banda britânica The Beatles, e essa é a razão pela qual ela se chama assim. O nome científico do fóssil depois passou a ser "Australopithecus Afarensis", que quer dizer mais ou menos, "pequeno macaco do sul de Afar".
Após a descoberta de Lucy em 1974, Johanson e os seus colegas encontraram, nos anos seguintes uma quantidade enorme de outros fósseis em Afar, tão antigos quanto Lucy e com as mesmas características. Com a junção dos dados dos fósseis encontrados foi possível conseguir uma imagem aproximada do A. Afarensis e chegar a algumas conclusões como as que a seguir se apresentam: 
  • Lucy viveu naquela região há mais de 3 milhões de anos.
  • Ela e seus parentes andavam sobre dois pés - isto é, eram bípedes.
  • A sua altura aproximada era de 1,3 metros.
  • O seu crânio tinha um volume de 450 cm3. Para comparação, chimpanzés modernos têm crânios de 350 cm3 e nós temos crânios de 1500 cm3.
  • É possível, mas não é inteiramente seguro, que a espécie de Lucy esteja na linha ancestral que deu origem à nossa espécie, o "homo sapiens."
A Lucy habitou na zona de África e alimentava-se de frutos e raízes que colhia e de animais mortos que encontrava. Naquela altura a sua capacidade não lhe permitia caçar animais de grande porte ou cultivar.
Presidente do EUA, Barak Obama, observa o esqueleto de "Lucy"

A sua forma de linguagem não era mais elaborada do que a de um chimpanzé. As suas principais características físicas englobam a baixa altura, desloca-se assentando membros inferiores e superiores no solo, fronte baixa e maxilares bastante salientes.
Ao longo dos anos a Lucy foi-se desenvolvendo em diversos aspetos e foi originando outras espécies. A mão foi-se assemelhando mais com a nossa, permitindo-lhe utilizar instrumentos, o pé pouco a pouco adaptou-se à nova posição, o crânio aumentou e por isso a sua capacidade de adaptação e de sobrevivência desenvolveu-se e cresceu.

Autoras:

Íris Borges, 7ºA
Maria Bento, 7ºA