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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Do Futebol Romântico ao Futebol Indústria


Queens Park F.C. (1889)
O futebol como um dos principais fenómenos socioculturais do século XXI, é capaz de influenciar diversas realidades (económica; político; cultural; social; etc.), abarcando uma gama de elementos subjetivos ao ser humano, como: paixão, emoção, empolgação, expectativa, frustração, etc., levando-o a sentir uma diversidade de reações físicas: suor, lágrimas, sorrisos, tremedeiras, palpitações, expressões faciais, entre outros.
O futebol representa o desporto mais popular do planeta, pois, envolve de forma direta, ou não, biliões de pessoas em redor do mundo, que vão desde os jogadores amadores até aos mais variados profissionais (cozinheiro, preparador físico, porteiro, médico, juristas, etc.), isso sem contar com os inúmeros adeptos espalhados pelo planeta.
O futebol, como tantos outros desportos praticados atualmente tiveram origem na Inglaterra da segunda metade do século XIX. Porém, apenas aqueles que eram praticados com bola alastraram-se para outros países do mundo no final do mesmo século. Portanto, no que diz respeito ao nascimento do futebol como desporto, a versão mais aceite e difundida é a de que, este desporto foi organizado e regulamentado na Inglaterra, a 26 de outubro de 1863, com a fundação, em Londres, da Football Association, a instituição que criou as regras do jogo, a qual representa a instituição futebolística mais antiga do mundo.
O futebol teve uma rápida e surpreendente disseminação pelo mundo, passando a ser vivenciado com fervor por distintas sociedades, em diferentes épocas históricas, regimes políticos, faixas etárias, gerando uma enormidade de empregos e serviços temporários, os quais atuavam diretamente, como: jogadores, comissões, gestores, etc., ou indiretamente, como redes de transporte, turismo e hotelaria, setores alimentícios, etc.. Além disso, o futebol conseguiu mobilizar recursos significativos de patrocínios, publicidade, transmissões televisivas, etc.. Ou seja, o jogo que antes apresentava características lúdicas e divertidas, foi se transformando em num assunto sério e, envolvido numa onda de espetáculo crescente, tornou-se num negócio cada vez mais rentável, especialmente para a comunicação social, que passou a investir verbas cada vez mais elevadas.
O futebol nos inícios do séc. XX era apenas uma diversão para as pessoas pobres, mas com o passar do tempo passou a ser um mercado de dinheiro e tanto uma diversão como um emprego. Este desporto baseava-se num jogo puro, um divertimento de gente de classe baixas, através de uma bola de farrapos e um grupo de amigos durante o intervalo ou um bando de operários depois do trabalho. Depois tornou-se num desporto organizado e oficial.
O futebol ao longo do século XX, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, passou deixou de ser um só
um divertimento entre amigos e passou cada vez mais a ser uma profissão. Aí o futebol tornou-se num mercado em termos desportivos mais dispendioso. Biliões de euros gastos todos os anos. As competições de futebol são eventos especiais em todo Mundo, A FIFA fundada em 1904, organiza o Campeonato do Mundo, juntando famílias e nações, em todo mundo, numa rivalidade que muitas vezes vai para além da dimensão desportiva.
Equipa Lisboa (1894)
A família Pinto Basto trouxe para Portugal o futebol, mudando a nossa relação com o desporto e com a Nação. Este jogo hoje faz parte das nossas vidas e da nossa maneira de ser e estar que alteraram as nossas vidas. Quais de nós ficam indiferentes a um derby ou um clássico, ou a um jogo da Seleção Nacional de Futebol? Poucos, com certeza. O futebol preenche a vida de milhões de pessoas, cria heróis e sonhos. Sonhos esses que cada vez mais tem adeptos no futebol português.
Mas se nas suas origens e, pelo menos, até ao início do século XX o futebol enfrenta uma Era Romântica de diversão e desportivismo, nos tempos atuais, fruto da longa evolução das sociedades e das economias, o futebol entrou na Era da Indústria. Os milhões de espetadores representam milhões de euros. Valha-nos o recreio da escola para que não se tenha perdido completamente a inocência inicial do jogo…

Autores:

Alexandre Rocha, 9º A
Bernardo Diogo, 9º A
Tiago Barros, 9º A