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quarta-feira, 23 de março de 2016

Indústria Nacional do Calçado


O trabalho desenvolvido tem como principal objetivo mostrar como a indústria do calçado sobreviveu à crise no setor secundário, compreendendo como conseguiu ultrapassar os obstáculos criados pelas medidas protecionistas das quais foi alvo, antes da abertura de fronteiras aquando da entrada na CEE. Para além de analisar as estratégias utilizadas para se adaptar ao novo cenário económico.
A escolha desta indústria surgiu graças aos valores estatísticos extremamente positivos revelados para a mesma, sendo que as empresas do ramo contribuíram largamente para a diminuição do défice do saldo da balança comercial de bens, através do aumento das exportações que, entre 2010 e 2014, cresceram a um ritmo acelerado de 36%, de acordo com o INE. Portanto é extremamente importante analisar a vocação que o subsetor tem para a internacionalização, uma vez que foram aplicadas estratégias inovadoras que podem igualmente ser utilizadas para outros ramos de atividade do setor secundário, como, por exemplo, a produção do mobiliário.

Para se tornar o décimo segundo maior exportador mundial de calçado (detendo 1,8% das exportações mundiais de calçado, como mostram dados da APPICAPS), as empresas de produção de calçado português especializaram-se em nichos de mercado de luxo, expandindo-se para mais de 140 mercados em todo o globo. Para além disso, o calçado nacional é o segundo mais caro a nível mundial, custando, em média, 31,88€ para venda ao mercado externo e valorizando a qualidade da produção e dos serviços que envolvem a distribuição e comercialização do calçado. 

Até agora, foi essencial a aposta na inovação tecnológica e na área do design, para além da criação de marcas próprias e de uma imagem irreverente para a produção portuguesa, sendo essencial que esta tenha alicerces fortes no mercado internacional. 
Em suma, é importante compreender o longo caminho que a indústria do calçado percorreu até agora, contudo é essencial continuar a trilhar um percurso que prime pela inovação a nível dos recursos humanos e pela aposta na formação, tanto ao nível técnico como ao nível superior. 



Autora:

Bárbara Vitorino Cardoso, 12ºB