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quinta-feira, 24 de março de 2016

Ainda a crise de refugiados...

Com o começo dos protestos sociais em março de 2011, a Síria atravessa um momento de grave tensão social. Os conflitos entre as forças do governo sírio e as forças rebeldes levaram a que este território se encontre em ruínas, impossibilitando que as pessoas tenham as mínimas condições de vida. Desta forma, grande parte da população viu-se obrigada a abandonar o país, procurando uma nova vida no continente europeu.
As vagas de refugiados e migrantes são cíclicas desde o início dos tempos, por todo o mundo. Se o refugiado do século XIX tinha uma origem distinta do século XXI, o desespero e o sonho de uma vida melhor são os mesmos. Todos os dias chegam à Europa embarcações repletas de refugiados. A União Europeia confronta-se agora com a problemática do alojamento dos refugiados. A questão que muitos colocam remete para o impacto que estes irão causar na sociedade e quais são os direitos que estes auferem.
Foi então instituído o sistema de cotas, que define o número de refugiados que cada Estado-Membro é obrigado a acolher. Desta forma, conforme as capacidades de cada país, será atribuída a quota. Por exemplo, países como a Alemanha terão propensão para receber um maior número de pessoas, ao contrário de Portugal, cujo número de indivíduos atribuídos será muito reduzido.
Contudo, ainda que o nosso país receba poucos refugiados, muitos cidadãos opõem-se à chegada destas pessoas, uma vez que o país atravessa um momento delicado da sua economia, que acentuou os problemas sociais. Assim, esta posição alicerça-se na ideia de que enquanto os níveis de pobreza não estabilizarem, bem como outras problemáticas sociais, Portugal não tem condições para acolher os refugiados. Para além disso, muitos populares revoltam-se com as condições de vida que os refugiados irão ter, tendo em conta que estes irão ter melhores condições de vida do que alguns habitantes do nosso país.
Campo de refugiados de Zaatari, Jordânia
Cansados, sem dinheiro, casa, rede social ou familiar de apoio, sem perceber português. É assim que chega a maior parte dos requerentes de asilo a Portugal. E é assim que se espera que cheguem também os primeiros de quase cinco mil refugiados que Portugal deverá receber, no âmbito da mais recente crise migratória que bateu às portas da Europa. 

Autores:

Francisco Correia, 12ºC
Manuel Silva, 12ºB