Reconstituição do Austalopiteco "Lucy" |
No passado dia 24 de novembro celebraram-se 41 anos da descoberta científica que revolucionou o conhecimento dos antepassados humanos, um dos primeiros primatas bípedes que foi encontrado na Etiópia. Foi assim possível identificar uma nova espécie, alcunhada de Australopithecus afarensis, e reconstituir um dos elos perdidos na cadeia que levou até ao aparecimento da nossa própria espécie, Homo sapiens.
Esqueleto do Australopiteco "Lucy" |
Após a descoberta de Lucy em 1974, Johanson e os seus colegas encontraram, nos anos seguintes uma quantidade enorme de outros fósseis em Afar, tão antigos quanto Lucy e com as mesmas características. Com a junção dos dados dos fósseis encontrados foi possível conseguir uma imagem aproximada do A. Afarensis e chegar a algumas conclusões como as que a seguir se apresentam:
- Lucy viveu naquela região há mais de 3 milhões de anos.
- Ela e seus parentes andavam sobre dois pés - isto é, eram bípedes.
- A sua altura aproximada era de 1,3 metros.
- O seu crânio tinha um volume de 450 cm3. Para comparação, chimpanzés modernos têm crânios de 350 cm3 e nós temos crânios de 1500 cm3.
- É possível, mas não é inteiramente seguro, que a espécie de Lucy esteja na linha ancestral que deu origem à nossa espécie, o "homo sapiens."
Presidente do EUA, Barak Obama, observa o esqueleto de "Lucy" |
A sua forma de linguagem não era mais elaborada do que a de um chimpanzé. As suas principais características físicas englobam a baixa altura, desloca-se assentando membros inferiores e superiores no solo, fronte baixa e maxilares bastante salientes.
Ao longo dos anos a Lucy foi-se desenvolvendo em diversos aspetos e foi originando outras espécies. A mão foi-se assemelhando mais com a nossa, permitindo-lhe utilizar instrumentos, o pé pouco a pouco adaptou-se à nova posição, o crânio aumentou e por isso a sua capacidade de adaptação e de sobrevivência desenvolveu-se e cresceu.
Autoras:
Íris Borges, 7ºA
Maria Bento, 7ºA