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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Centro de Ciência Viva de Évora e Exploração de Mármore

O Centro de Ciência Viva de Évora foi fundado em 2005 estando localizado num espaço, que outrora correspondeu a uma ordem religiosa. Contudo, a evolução dos tempos e adaptabilidade levou a que se transformasse num local de absorção de conhecimento geológico.



Na primeira estação pudemos observar a medição da radioatividade em diferentes elementos rochosos. Assim, percebemos de que modo a instabilidade conduz a diferentes tipos de decaimento e transformação por unidade de tempo. Como tal, verificamos, observamos e aferimos os diferentes minerais e as propriedades de cada um deles.



Neste contexto, é de facto, extremamente interessante referir as características e possibilitar a observação do processamento do motor interno da Terra. Efetivamente, são as correntes de convecção, presentes na astenosfera terrestre, que permitem toda a dinâmica verificada ao nível das placas litosféricas.
Assim, através da alternância de temperatura e pressão verificamos os movimentos ascendentes e descendentes do magma.

Tendo em conta, os diferentes tipos de erupções vulcânicas, pudemos também constatar, os diferentes produtos rochosos desse vulcanismo. Assim, trabalhamos aspetos como a percentagem em sílica, viscosidade, capacidade de retenção dos gases entre outros aspetos que distinguem o vulcanismo. Por outro lado, a profundidade de consolidação da rocha, é também importante para o desenvolvimento dos seus cristais e consequente classificação rochosa.



A instabilidade inerente ao interior da Terra, manifesta-se sob diferentes formas tanto a nível vulcânico como sísmico. A propagação de energia dá-se sob a forma de ondas que se caracterizam por parâmetros como a sua amplitude, comprimento de onda e frequência. Através da exposição podemos verificar como diferentes frequências transportam também diferentes quantidades de energia.



Após estas observações, seguimos para uma zona distinta do “Centro de Ciência Viva” no qual, pudemos abordar a pressão marítima e como este fator macroscópico envolvente, afeta os seres humanos. Neste sentido, abordamos a temática dos submarinos e estudamos meios de combater este fator ambiental que nos é tão limitante.



Com os instrumentos presentes na figura acima, verificamos como é encarada a pressão enquanto força exercida sob cada unidade de área do nosso organismo quando
sujeitos a condições adversas.
Finalmente, e após esta incrível experiência pudemos seguir para uma exploração de mármore a céu aberto. É aqui que se dá a exploração desta rocha metamórfica, extremamente comum nesta área.



Este local começou a ser explorado entre 1930 e 1940. Corresponde a uma das cerca de 300 zonas de extração presente no triângulo do mármore.
Este mármore formou-se a partir de calcário através de metamorfismo regional. Assim toda esta zona, com uma extensão de cerca de 40 km, encontra-se sujeita a elevados níveis de pressão e temperatura, agentes de metamorfismo responsáveis pela formação de mármore.

Autores:

José Oliveira, 10ºA
Catarina Ferreira, 10ºA 
Maria Francisca, 10ºA


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COP21 is just the beginning


De 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, decorreu a 21ª Conferência do Clima (COP 21), em Paris. Nesta conferência participaram os representantes de 195 países. Esta conferência tinha como principal objetivo criar um novo acordo para diminuir a libertação de gases com efeito de estufa para a atmosfera, tentando diminuir assim o aquecimento global. O objetivo a longo prazo do acordo é manter a subida no aquecimento global "muito abaixo de 2ºC". 
A conferência surgiu quando os cientistas perceberam que a poluição gerada depois da Revolução Industrial (século XIX) trazia consequências negativas para a Natureza e até para o ser humano. Assim, assinou-se a Convenção do Clima e, desde então, tem havido COP's todos os anos. 
Nesta conferência, os países desenvolvidos não queriam cortar demasiado a libertação de gases com efeitos de estufa, pois isso afetaria o seu crescimento económico. Para além disso, não tinham intenções de ajudar economicamente os países em desenvolvimento (PED). Por outro lado, os países em desenvolvimento afirmaram que, sem o seu desenvolvimento e sem o investimento suficiente para esta causa, não era possível a obtenção dos efeitos pretendidos. Apesar de estes países se comprometerem a fazer o que estiver ao seu alcance, alguns deles deverão ter mais dificuldades, pois a economia dos seus países não lhes permite fazer grandes investimentos, para além das suas prioridades serem outras, como a saúde e a alimentação da população.
Então, ficou acordado que os países mais desenvolvidos (PD) deviam financiar os menos desenvolvidos, para estes recuperarem dos danos causados pelas mudanças climáticas, que por sua vez foram causadas pelos países mais desenvolvidos, sendo acompanhados no esforço pela China, Coreia do Sul, Singapura e nações ricas em petróleo. Os PED devem todavia continuar a melhorar os esforços de luta contra o aquecimento global, de acordo com a sua situação nacional, e os PD irão contribuir com 100 mil milhões por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação nos PED, financiando a transição para energias limpas e a adaptação aos efeitos do aquecimento.
Para além disso, os países em desenvolvimento também precisam de dinheiro para adaptar as suas economias, de maneira a poluir menos. Porém, este financiamento apenas deve durar até 2025, pois nessa altura o valor deverá ser novamente discutido. O acordo inclui também um mecanismo para revisão das promessas nacionais dos países para reverem as suas metas de desaceleração das emissões dos gases com efeito de estufa. 
Para Francisco Ferreira, da delegação portuguesa “foi um dia histórico para o ambiente. Mas só passa a ser histórico quando se concretizarem os objetivos. Estes são desafios enormes, quase utópicos, mas que devem ser encarados como absolutamente necessários." Ainda na opinião de Francisco Ferreira, Portugal "tem um quadro estratégico para o clima, mas tem de começar a concretizar medidas indispensáveis. Uma delas é deixar de financiar as centrais a carvão que temos." Por outro lado, o especialista ambiental diz que o país deve apostar em transportes públicos, nos veículos elétricos, nas energias renováveis e sensibilizar as pessoas para um consumo mais sustentável. Se tudo o que foi acordado for cumprido, pensa-se que na segunda metade deste século os combustíveis fósseis terão sido abandonados e que serão anuladas as emissões de gases com efeito de estufa, pela sua absorção por florestas ou pela sua captura e armazenamento.
Esta conferência foi bastante positiva para o desenvolvimento do conhecimento científico e demonstra a união dos países de todo o mundo numa causa que é potencialmente fatal para a nossa espécie. Os governos devem assim agora transformar palavras em ações, com políticas que façam progressos efetivos sobre as promessas de redução.
A igualdade entre género, etnias e religiões, temas aparentemente desconexos deste assunto, foram também tratados ao longo deste encontro, por se considerar contribuírem para a construção de uma sociedade mais justa.

Autores:

António Magalhães, 8ºA
Ana Mafalda Caetano, , 8ºA
Catarina Lopes, 8ºA
Marta Barbosa, 8ºB

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Relações bióticas


As relações bióticas são interações que se estabelecem entre os seres vivos nos ecossistemas. Estas podem ser intraespecíficas, quando a relação é entre animais da mesma espécie, ou podem ser interespecíficas, quando a relação é entre animais de espécies diferentes. 
Por um lado, as relações bióticas podem beneficiar os animais, como por exemplo as formigas que trabalham em conjunto para levarem objetos grandes para o formigueiro. Neste caso, todas as formigas trabalham para obter alimentos e são assim todas beneficiadas. Assim, podemos afirmar que este tipo de relações são "boas" e que é assim que muitas comunidades vivem, ou seja com a ajuda de outros seres vivos.


Por outro lado, estas relações podem ser prejudiciais para os seres vivos, por exemplo a competição são relações "más", pois ambos os seres vivos envolvidos são prejudicados, pois ao competirem por um recurso, estes perdem energia a lutarem com o outro animal.


Mas, existem relações em que um dos animais é beneficiado e outro prejudicado, como é o caso da predação e do canibalismo, ou seja, um dos animais alimenta‐se do outro e assim o predador é beneficiado, pois ganha energia e alimento e a presa é prejudicada, pois morre. Na minha opinião, estas relações são "más", pois um dos animais morre e assim a espécie perde um elemento.



Para concluir, as relações bióticas podem ser boas e más, dependendo das situações. Por exemplo a competição entre animais é prejudicial para ambos e a cooperação beneficia os animais. Mas existem outras relações que ambos os animais envolvidos não são beneficiados nem prejudicados, como o comensalismo, pois um dos animais é beneficiado e outro nem é beneficiado nem prejudicado (por exemplo a doação de roupa).

Autora:

Catarina Lopes, 8ºA
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Exploração dos recursos naturais – livre ou controlada?


Os recursos naturais começaram a ser explorados praticamente desde que apareceu o primeiro ser vivo, pois para este se alimentar era necessário explorar ou tirar partido dos recursos que existiam na Natureza, para assegurar a sua sobrevivência.
Ao contrário do passado, atualmente, o consumo de recursos naturais tem vindo a aumentar drasticamente, principalmente nos países desenvolvidos, devido ao aumento da população mundial, à expansão urbana e à crescente urbanização, o que conduz a um aumento dos problemas associados a este fenómeno. 
Existem dois tipos de recursos naturais: os renováveis, sendo divididos nos recursos energéticos (energia solar, energia eólica etc.), nos recursos hídricos (lagos, rios, águas subterrâneas) e nos recursos biológicos (agricultura, pesca, florestas etc.); e os não-renováveis, que estão divididos em minerais (rochas industriais, rochas ornamentais, etc.) e em energéticos (energia nuclear, combustíveis fósseis etc.). 
Os recursos naturais renováveis são todos os recursos que são extraídos da Natureza, que não poluem o ambiente e são inesgotáveis, não prejudicando a sua exploração as gerações seguintes. Porém, os recursos naturais não-renováveis poluem o ambiente, podem esgotar-se e não são garantidos para as gerações seguintes. 
Mas será que pode ser preocupante? Cada vez mais o nível de vida das populações dos países desenvolvidos tem vindo a melhorar, o que faz com que a exploração dos recursos naturais, principalmente não-renováveis, aumente.
Com o acréscimo da exploração dos recursos naturais, existe perda da biodiversidade, porque a extração dos recursos naturais não-renováveis pode provocar a destruição dos habitats e poluição atmosférica, que tem como consequência o aumento de efeito de estufa, levando ao aquecimento global.  
Com todas estas interferências humanas para extrair os recursos não-renováveis da natureza, o nosso planeta tem sofrido imensas alterações, que não só interferem com o nosso quotidiano, mas também prejudicam os animais e as plantas, ou seja, todos os seres vivos. 
Por tudo isto, a exploração dos recursos naturais deve ser controlada para que próximas gerações possam ter acesso e usufruto destes, promovendo o desenvolvimento sustentável.  
Concluindo, deveriam ser utilizados mais recursos naturais renováveis, de modo a que os recursos não-renováveis sejam gradualmente substituídos e utilizados em menor quantidade. Deveriam ser feitas palestras e atividades interativas, principalmente nas Escolas, que explicassem as consequências do uso excessivo dos recursos não-renováveis, e deveria ser condicionada a extração dos mesmos em elevadas quantidades nos setores primários, principalmente nas zonas do planeta onde estas estivessem já em fase de rutura do recurso. 
Nunca se esqueça que o planeta já existe há milhares de milhões de anos, por isso merece ser respeitado! Não polua o ambiente.

Autora:

Dânia Sousa, 8ºA
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Como pode o consumidor defender-se? Direito e deveres do consumidor

“If beauty is in the eyes of the beholder, value is in the mind of the consumer.”
Michele Jennae



A Constituição da República Portuguesa e a Lei de Defesa do Consumidor, Lei nº 24/96 de 31 de julho, atribuem aos consumidores um conjunto de direitos e deveres com o objetivo de garantir a sua segurança.
Código Hammurabi, Museu do Louvre
O surgimento de leis defensoras dos consumidores deu-se após a Segunda Guerra Mundial, na época do aparecimento das sociedades de consumo em massa. Os consumidores passaram a ganhar proteção contra abusos sofridos, tornando-se uma preocupação social, principalmente nos Estados Unidos da América e nos países da Europa Ocidental que se destacaram por serem pioneiros na criação de órgãos de defesa do consumidor. Existem, no entanto, registos de escrituras, como por exemplo o código de Hammurabi, que datam do século XVIII A.C., que provam a existência de regras que, indiretamente, visavam proteger os seus cidadãos de conflitos relacionados com o consumo, penalizando os causadores dos mesmos.
Em Portugal, os direitos dos consumidores encontram-se no artigo 60º da Constituição da República Portuguesa, integrados na Parte I- Direitos e deveres fundamentais, o que demonstra a sua importância. Esta lei fundamental originou um conjunto alargado de outras disposições legais com vista à defesa e proteção do consumidor, da sociedade e do património ambiental. 
A Lei de Defesa do Consumidor, constituiu o elemento legislativo mais importante nesta matéria. Esta começa por definir no capítulo um, artigo 2.º, a figura jurídica de consumidor, “Considera-se consumidor todo aquele a quem sejam fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a uso não profissional, por pessoa que exerça com carácter profissional uma atividade económica que vise a obtenção de benefícios.”, prosseguindo com a enumeração dos seus direitos e deveres.
Cabe à Direção-Geral do Consumidor, ao Instituto do Consumidor, à DECO e à ACOP (Associação dos Consumidores de Portugal), entre outras organizações de defesa dos consumidores, levar a cabo a implementação destas iniciativas legislativas, atuando em prol da defesa do consumidor. No entanto, cada consumidor, deve assumir um papel ativo e responsável no ato de consumir bem como na prevenção e na resolução dos conflitos de consumo. 
De modo a prevenir as situações de conflito de consumo é importante que o consumidor possua conhecimento prévio dos seus direitos e deveres, particularmente no que diz respeito à obtenção de informação no momento anterior, durante e após, o ato da compra de um produto ou serviço. Existem algumas regras básicas para prevenir um conflito de consumo: obter informação sobre as características do produto/serviço; avaliar a adequação do produto/serviço à necessidade que pretende ser satisfeita; solicitar informação sobre a garantia e a assistência pós-venda; em caso de contrato escrito, não decidir de imediato e analisar o documento intrinsecamente antes de assinar; verificar se as condições do contrato estão de acordo com o pretendido; verificar as condições do produto no ato de entrega; guardar a fatura ou recibo para o caso de ser necessário realizar uma troca ou uma reclamação.
Na resolução de um conflito de consumo, é importante saber que todos os fornecedores de bens e prestadores de serviços, instalados em estabelecimentos fixos ou permanentes onde neles exerçam a respetiva atividade, e estabelecem contacto com o público, são obrigados a ter Livro de Reclamações. Assim, no caso de existirem comportamentos abusivos, desviantes e discriminatórios, é possível que o consumidor, possa apresentar a sua queixa à entidade reguladora competente para reportar o caso de desrespeito do seu direito.
A utilização do Livro de Reclamações é um ato de cidadania que permite às entidades responsáveis conhecer os problemas dos consumidores e aos agentes económicos adequarem a oferta às necessidades sentidas pelos seus clientes, devendo, por esse motivo, ser utilizado sempre que a situação o justifique.
A resolução do conflito de consumo pode ser feita recorrendo aos Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo que são instituições autorizadas pelo Ministério da Justiça, e apoiados pela Direcção-Geral do Consumidor, com capacidade para mediar e arbitrar conflitos desde que as partes envolvidas concordem recorrer a este sistema. 
Em casos de conflitos de consumo entre países membros da Europa, o Centro Europeu do Consumidor (CEC) faculta serviços gratuitos de informação aos consumidores sobre os seus direitos na União Europeia e é responsável pela assistência na resolução dos conflitos, relacionados com compras de bens e serviços, transfronteiriços. 
Concluindo, o consumidor é, uma peça essencial na atividade económica, não apenas pela importância que tem o seu comportamento no total da despesa de um país, como também pelo dinamismo que imprime ao funcionamento da economia, através das ordens de produção e de investimento que dá. Assim, dada a relevância do seu papel na sociedade, deve ser protegido, seja pelo Estado ou por empresas privadas. No entanto, é igualmente importante que o consumidor, ou seja, cada um de nós, pois como afirmou John Kennedy “Somos todos consumidores.”, por si só, reconheça e assuma a responsabilidade social inerente ao ato de consumir, adotando uma atitude ativa e responsável no consumo e informando-se para fazer valer os seus direitos.

Autor:

António Oliveira, 12ºB

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Arquitetura do Ferro

Ponte de Ironbridge, primeira ponte metálica

O metal começa a ser usado na arquitetura e na engenharia civil no final do século XVIII e o seu desenvolvimento, paralelo ao da Revolução Industrial que afeta a produção e o mercado do ferro fundido, será mais rápido Inglaterra do que no resto da Europa, e será retardado pelas guerras napoleónicas.
Contudo, a arquitetura do ferro apareceu por volta da metade do século XIX. Enquanto que os arquitetos executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração, os engenheiros, mais ocupados com a questão técnica, preocupavam-se essencialmente em superar os desafios impostos pelas necessidades surgidas com a industrialização, dando origem ao capítulo mais original da arquitetura do século XIX – a chamada arquitetura do ferro.
Na época era vista como técnica pura aplicada a obras de engenharia sem qualquer mérito no campo da arquitetura. Assim, na tentativa de agradar ao gosto comum, executavam obras em ferro respeitando os historicismos e, frequentemente, encaixados em construções tradicionais como as estações de caminho-de-ferro, revelando uma adaptabilidade completamente nova na história da arquitetura. O resultado foi uma série de edifícios, construções e pontes, concebidos com propósitos completamente diferentes do habitual na arquitetura, colocando a tónica na função. Aliando a arquitetura do ferro com a recente invenção do elevador, foi possível construir em altura e desenvolver novos processos de construção em grande escala. É um marco fundamental na história da arquitetura.

Principais Edifícios em Arquitetura do Ferro

Estação de São Bento
Estação de S. Bento - Cobertura metálica da gare – Marques da Silva – Porto. A grande estação central do Porto é um edifício eclético, seguindo a melhor tradição "beaux-arts", enquadrado entre duas torres, bem no centro da cidade. O grande átrio está revestido por imponentes pinturas sobre azulejo, historicistas e história dos transportes, dando acesso à gare coberta por uma estrutura metálica.
Estação do Rossio - Cobertura metálica – José Luís Monteiro – Lisboa. Executada para a estação central de Lisboa, é utilizada uma estrutura de ferro, suportado por colunas de capitel coríntio, dando uma ideia de espaço amplo e perfeitamente funcional. Está integrada num edifício com fachada neomanuelina.
Estação do Rossio
Elevador de Santa Justa – Raul Mesnier de Ponsard – Lisboa. Talvez seja o principal exemplo de Neogótico em Portugal apesar de ser, também, um dos principais exemplos de arquitetura do ferro da cidade. Simula uma torre com seis andares fingidos, mas individualizados, com frisos e ogivas, coroada por uma plataforma mais larga, onde termina a subida. Tem acesso direto ao histórico  largo do Carmo, através de uma passagem, também em ferro, lateralmente às ruínas góticas da Igreja do Convento do Carmo (edifício verdadeiramente gótico que foi deixado em ruínas como memorial do terramoto de 1755 para as gerações futuras). Apesar do elevador ser em ferro e a igreja em pedra, encontra-se perfeitamente enquadrado pelas semelhanças estilísticas, não escondendo o seu carácter industrial. É um dos monumentos mais marcantes do centro histórico de Lisboa.
Central Tejo
Central Tejo - Estrutura de ferro – Lisboa. Ainda que invisível por fora devido ao seu revestimento em tijolo, a grande central termoelétrica de Lisboa, da primeira metade do século XX, (hoje convertida em Museu da Eletricidade), tem uma estrutura de ferro que constitui o seu esqueleto e que suporta todos os componentes e a maquinaria conseguindo-se, assim, grandes vãos no seu interior. O seu revestimento de tijolo tem influências da Arte Nova e do Classicismo.
Ponte Maria Pia – Gustave Eiffel – Porto. Ponte metálica exclusivamente para caminho-de-ferro destaca-se pela elegância do seu enorme arco central e perfeita integração paisagística. Feita para vencer o enorme declive imposto pelo rio Douro, de modo a permitir a ligação em comboio com Lisboa, torna-se um dos grandes símbolos do desenvolvimento no norte de Portugal.
Ponte Maria Pia, 1900
Ponte Luís I – empresa Bartissole Seyrig – Porto. É a segunda ponte metálica sobre o rio Douro. Ao contrário da ponte pênsil foi pensada para a ligação pedestre entre as duas margens, tanto ao nível da ribeira como da serra do Pilar. Possui um grande arco central, suportando o tabuleiro superior, do qual está literalmente "pendurada" uma passagem inferior. Esta ponte foi executada no mesmo local onde existia a antiga Ponte das Barcas, que permitia a passagem entre as duas margens, destruída durante as invasões francesas, e já claramente insuficiente para as necessidades da população. Atualmente são ainda visíveis partes das estruturas da antiga ponte junto ao tabuleiro inferior.
Ponte Eiffel – empresa Eiffel – Viana do Castelo.  Originalmente, a travessia do Rio Lima era feita a bordo de uma barca do concelho; posteriormente, foi substituída por uma ponte em madeira, cuja construção foi autorizada em 1807. No entanto, devido às Invasões francesas, as obras só começaram entre 1818 e 1820. Esta ponte ligava os mesmos locais onde a barca atracava, ou seja, a Praça do Príncipe, na margem direita, ao Cais de São Lourenço, na margem esquerda. O projeto para a nova ponte foi fixado a cerca de 300 metros a montante da de madeira, com o viaduto na margem direita a passar junto ao limite oriental da cerca do Convento de São Bento. O projeto para a nova ponte foi elaborado pelo engenheiro Gustave Eiffel.
Ponte Eiffel
Palácio de Cristal – da autoria do arquiteto inglês Thomas Dillen Jones – Porto. Inaugurado em 1865, o Palácio de Cristal original acabou por ser demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Rosa Mota. A sua construção iniciou-se em 1861, sendo inaugurado pelo rei D. Luís e foi concebido para acolher a grande Exposição Internacional do Porto. Além de espaço de exposições, também recebeu eventos culturais.
Mercado Ferreira Borges – traçado pelo arquiteto João Carlos Machado – Porto. Construído em 1885 para substituir o já velho Mercado da Ribeira. O nome do mercado homenageia José Ferreira Borges, um jurisconsulto e político portuense que esteve na génese da implantação do regime liberal em Portugal.
Palácio de Cristal


Autora:

Teresinha Costa, 6ºB
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Museu Marítimo de Ílhavo

Entrada do Museu

O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) é um museu da Câmara Municipal de Ílhavo. Nasceu a 8 agosto de 1937, após um longo processo de gestação dinamizado por um grupo de amigos do Museu. Lugar de memória dos ilhavenses que o criaram, começou por assumir uma vocação etnográfica e regional. Em 2001 foi renovado e ampliado, passando a habitar num belo edifício de arquitetura moderna. Nesse mesmo ano, o MMI passou a contar com o navio-museu Santo André, antigo arrastão bacalhoeiro.
O MMI é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e Gronelândia, as fainas da Ria e a diáspora dos Ílhavos ao longo do litoral português são as referências patrimoniais do Museu. A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar inúmeros vestígios de um passado recente.
O Museu Marítimo de Ílhavo conta com quatro exposições permanentes, todas elas de temática marítima, todas elas singulares e dotadas de coleções ricas que são parte do património do Museu. 
No piso inferior residem as exposições mais identitárias: a Sala da Faina/Capitão Francisco Marques, dedicada ao tema da pesca do bacalhau à linha com dóris, e a sala da Ria, dedicada às fainas agromarítimas da Ria de Aveiro.
Interior do Faina Maior
Exposição emblemática do Museu, representa a Faina Maior, a pesca do bacalhau à linha praticada por homens e navios portugueses durante os séculos XIX e XX. É um património fascinante e lendário, uma história plena de drama e heroísmo.
Lugar de memória da pesca do bacalhau por navios de linha (veleiros puros, veleiros com motor auxiliar ou navios-motor), esta exposição apela aos sentidos e exprime um duplo significado: evocação e homenagem a todas as comunidades que deram homens à “grande pesca”.
A exposição organiza-se em três espaços: no centro da sala exibe-se um belo iate da pesca do bacalhau, construído em madeira por antigos mestres de construção naval. Modelo em tamanho real, representa um navio típico das primeiras décadas do século XX. Talhado a meia água ou pelo limite inferior do convés, permite ao visitante ir a bordo e tocar todos os elementos materiais que faziam parte da grande faina. Saindo do convés, podemos observar o que falta no navio. Percorrendo a ala esquerda da sala, encontram-se os espaços que ficavam sob o convés: a câmara dos oficiais, o porão de salga e o rancho. A ala direita da sala consiste numa narrativa de viagem: começa com o apresto e largada do navio; prossegue com a viagem e a faina dos dóris, pequenos botes de um só homem; termina com o ansiado regresso do navio.
No piso superior do edifício habita as terceira e quarta exposições de caráter permanente – a Sala dos Mares, relativa à memória da expansão oceânica dos portugueses e dos ílhavos e ao papel de abertura e experimentação que nela desempenharam as pescarias longínquas do bacalhau e a Sala das Conchas.
Bacalhaus no aquário
O Aquário dos Bacalhaus do MMI, inaugurado em janeiro de 2013, outro ponto de interesse, consiste numa atraente exposição de património biológico dedicado à espécie Gadus morhua, o bacalhau do Atlântico, que podemos considerar “o nosso bacalhau”, aquele que os portugueses pescam e consomem há vários séculos. Plenamente inserido no percurso expositivo do Museu, o Aquário completa o discurso histórico e memorial da Faina Maior oferecendo ao público uma experiência de conhecimento e lazer incomparável. O Aquário tem 3,2 metros de profundidade e capacidade para 120 metros cúbicos de água. O sal é proveniente de laboratório de modo a ter características semelhantes às do habitat natural do bacalhau. A temperatura da água varia entre os 10ºC e os 12ºC.
Projetado em espiral descendente, o Aquário dos Bacalhaus do MMI distingue-se de outros aquários por ser aberto e pela possibilidade de ser avistado em percurso circular, numa crescente proximidade visual com os animais. Os bacalhaus avistam-se, primeiro, a partir de um patamar superior; de seguida, o Aquário é percorrido de forma centrífuga até ao auditório, onde se situa a janela mais ampla para contemplação dos animais.
Aquário
O Navio-Museu Santo André é outro polo do Museu Marítimo de Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto. Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e porão para vinte mil quintais de peixe (1200 toneladas).
Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência. A 21 de agosto de 1997 foi desmantelado. O armador do navio, António do Lago Cerqueira, L.da (Pescas Tavares Mascarenhas, S.A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram transformar o velho Santo André em navio-museu. Em agosto de 2001, o Santo André iniciou um novo ciclo da sua vida: mostrar aos presentes e vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau e honrar a memória de todos os seus tripulantes durante meio século de atividade. 
O Navio-Museu Santo André está ancorado no Jardim Oudinot, na cidade da Gafanha da Nazaré, Município de Ílhavo.
O Museu Marítimo de Ílhavo espera pela visita dos nossos leitores.
Navio Santo André

Autora:

Joana Faria, 8ºA


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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Palácio de São Bento: a história de um edifício


O Palácio de São Bento tem as suas origens no primeiro mosteiro beneditino edificado em Lisboa, remontando a sua construção ao século XVI. Posteriores alterações significativas na sua localização original foram efetuadas por necessidade de mais espaço para albergar uma comunidade religiosa em crescimento, assim como por motivos de salubridade e desejo de maior proximidade com o núcleo urbano e seus fiéis.
A criação do Mosteiro de S. Bento remonta a 1570 quando a Congregação Beneditina Portuguesa decidiu no seu 1º Capítulo Geral, em Tibães, criar dois novos mosteiros nas duas principais cidades, alargando assim a sua área de atuação. Até então a Ordem de S. Bento (OBS) estivera praticamente circunscrita a zonas rurais do Norte do País.
O Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela, séc. XV
A reformulação da OSB e a criação de novos mosteiros surgem na sequência do Concílio de Trento e das alterações teológicas e litúrgicas dele decorrentes. 
Em 1572 foi criado o Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela, mas por ser considerado exíguo e demasiado afastado da cidade a partir de 1581 a OSB decidiu construir um novo mosteiro, para o que adquiriu duas quintas a Antão Martins e aos herdeiros de Luís Alter de Andrade.

A construção iniciou-se em 1598 com a autorização do cardeal D. Henrique de acordo com o projeto do arquiteto régio Baltazar Álvares. A transferência dos monges do anterior mosteiro efetuou-se em 1615 e o Mosteiro de Nossa Senhora da Estrela, após um período de abandono, em 1632 passou a albergar o Colégio do Noviciado.
O novo edifício denominado Mosteiro de S. Bento, o Novo, da Saúde, ou dos Negros (também assim designado porque propriedade dos Frades Negros de Tibães e por envergarem hábito negro) tinha capacidade para 50 monges e consistia numa estrutura extensa, de planta quadrada, com quatro claustros – dois concluídos, um incompleto e um projetado - , igreja de nave única, capelas laterais, cripta, duas torres sineiras, sacristia, coro, livraria, sala do capítulo, portaria, hospedaria, cárcere, enfermaria, botica, dormitórios, barbearia, cozinha, refeitório, adegas, lagares, celeiro, forno, oficinas e cerca. 
O Mosteiro de São Bento da Saúde, séc. XVIII

O mosteiro foi submetido ao longo da sua história a constantes alterações arquitetónicas e acrescentos, na sequência de grandes incêndios e do terramoto de 1755, época em que ainda não tinham terminado as respetivas obras de acordo com o projeto inicial e nem estava concluída a capela–mor. Outras modificações resultaram de adaptações a novos gostos e novos estilos arquitetónicos e decorativos.
O edifício do mosteiro, por ser demasiado vasto e em grande parte desocupado, teve a partir de então utilizações diversas tais como Arquivo da Torre do Tombo, a Patriarcal, hospedaria de bispos, “prisão”, Academia Militar, armazém dos despojos militares franceses e sepultura de muitos mortos, como o embaixador de Espanha.
Era um dos mais imponentes edifícios de Lisboa, apesar de nunca concluído, um mosteiro de grande prestígio a cujas cerimónias acorriam a corte e as grandes famílias da nobreza. A sua decadência tem início a partir do governo de Marquês de Pombal, e acentuada pelas Invasões Francesas e pelas Guerras Liberais culmina em 1834 ao serem extintas as ordens religiosas e as suas propriedades integradas nos bens do Estado.
Com o decreto real de D. Pedro IV, datado de setembro de 1833, as duas Câmaras – Pares e Deputados – foram instaladas no edifício do Mosteiro de S. Bento que passou a designar-se Palácio das Cortes. O seu recheio foi nessa altura disperso e encontra-se atualmente em outras igrejas de Lisboa e em museus.
Palácio das Cortes, 1860
Depois da implantação do regime liberal tornou-se sede das Cortes Gerais da Nação, passando a ser conhecido por Palácio das Cortes. Acompanhando as mudanças da denominação oficial do Parlamento, o Palácio foi, também, tendo várias denominações oficiais: Palácio das Cortes (1834-1911), Palácio do Congresso (1911-1933) e Palácio da Assembleia Nacional (1933-1974). Em meados do século XX passou a utilizar-se, geralmente, a designação de Palácio de S. Bento em memória do antigo Convento. Essa denominação manteve-se, depois de 1976, quando passou a ser a sede da Assembleia da República.
Após a Revolução Liberal de 1820 e da extinção das ordens religiosas em 1834 o edifício foi afeto à instalação do Palácio das Cortes e, então, entregue ao arquiteto Possidónio da Silva a responsabilidade de uma abreviada adaptação do espaço religioso às necessidades do novo propósito laico político, sendo aproveitada a Sala do Capítulo para instalação da Câmara dos Pares e feita de raiz a Câmara dos Deputados.
Só em 1867 o arquiteto Jean François Colson projetou a verdadeira reformulação da primeira sala, tornando-a mais funcional e digna da nova utilização.
Câmara dos Deputados, meados séc. XIX

Com o incêndio de 1895 revelou-se urgente a reconstrução, tendo, para tal, sido aberto concurso que selecionou o projeto de Miguel Ventura Terra que, caracterizado por uma estética neoclássica, este acabaria por remodelar não apenas a sala, quase todo o edifício, conferindo-lhe uma dimensão monumental, bem distante do discreto estilo-chão conventual, como convinha à importância do órgão parlamentar aí instalado.
A partir dos anos 20, a direção das obras foi entregue ao arquiteto Adolfo Marques da Silva que concebeu algumas alterações ao projeto inicial não apenas dos pormenores finais das fachadas, mas também em detalhes no acabamento dos interiores e, essencialmente, ao nível de todo o programa decorativo.
Durante os longos 50 anos em que decorreram as obras, foram criadas a antecâmara dos Deputados, a Sala dos Passos Perdidos, a Escadaria Nobre, a Biblioteca Parlamentar e o Salão Nobre, sendo as últimas já concebidas e efetuadas nos anos 40 do século XX, dentro de uma nova conceção estética e utilitária característica do Estado Novo.

Autor:

João Rodrigo Ribeiro, 10ºC


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Autora:

Beatriz Ramiro, 11ºC

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Trinta Anos Após a Explosão do “Challenger”


No dia 28 de janeiro de 1986, o mundo assistia à “Maior tragédia na conquista do espaço”. Apenas 75 segundos depois de ter descolado de Cabo Canaveral para a sua décima missão em torno da Terra, o vaivém espacial Challenger explodia sob o olhar incrédulo da multidão que assistia à sua partida na Florida e os muitos mais que viram as imagens pela televisão (revejam o acidente). Na capa do “Diário de Notícias” (DN) do dia 29, ao lado da imagem da nave em chamas, uma fotografia de Christa McAuliffe, a professora primária selecionada entre milhares de candidatos para ir ao espaço, sorridente, minutos antes de embarcar para a morte.
“Foi tudo muito rápido e inexplicável, segundo as testemunhas paralisadas de pavor: uma enorme bola de fogo envolveu a nave e os foguetes de propulsão, sucedendo-se uma chuva de destroços que caíram no Atlântico, numa área de cerca de vinte quilómetros”, escrevia o DN na primeira página de 29 de janeiro de 1986. A “maior tragédia na conquista do espaço”, como lhe chamava o jornal na manchete, deixara a América e o mundo em choque na véspera.
O vaivém espacial Challenger foi o terceiro a ser fabricado pela NASA, após a Enterprise e o Columbia. O seu primeiro voo ocorreu a 4 de abril de 1983, mas essas missões repetiram-se mais nove vezes até ao desastre de janeiro de 1986.
O desastre paralisou o programa espacial norte americano durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu o defeito no equipamento e no processo de controlo de qualidade da produção das peças da nave espacial, a anilha.
Richard Feyman explicando o desatre
A investigação sobre o acidente com o vaivém espacial foi liderada pelo renomado físico Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C (ou 32°F). Feynman foi a público explicar as causas do acidente que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração ao vivo.
A última viagem da nave espacial Challanger teria dois marcos para entrar na história das viagens espaciais, ambos devido à presença da professora–astronauta Christa McAuliffe como tripulante, pois ela seria a primeira mulher e como tal a primeira "civil" (não astronauta) a ser enviada para o espaço pela NASA. Muito por conta da presença da professora na tripulação, o lançamento teve uma assistência em direto de cerca de 17% da população dos Estados Unidos. A repercussão do acidente na comunicação social, também foi extensa: um estudo relatou que 85% dos norte-americanos entrevistados tinham tomado conhecimento da notícia na primeira hora da tragédia. O desastre do Challenger tem sido usado como estudo de casos em muitas discussões de engenharia de segurança e ética no trabalho.
A tripulação do último voo do space shuttle Challenger era constituído por:
  • Michael J. Smith
  • Dick Scobee
  • Ronald McNair
  • Ellison Onizuka
  • Christa McAuliffe
  • Gregory Jarvis
  • Judith Resnik

O desastre expôs as fragilidades dos projetos de vaivém espaciais e os problemas operacionais do programa espacial dos Estados Unidos, mas ao mesmo tempo impulsionou o progresso e ajudou também ao início de uma indústria de transporte espacial comercial que atualmente desenvolve naves espaciais para passageiros.
Após o acidente, o então presidente Ronald Reagan proibiu o transporte de satélites comerciais nos módulos espaciais da NASA, obrigando assim a estrutura militar a desenvolver formas alternativas de lançamento.
A mudança na política espacial abriu espaço para a criação da atual indústria espacial comercial, que em 2014 registou um movimento de 5,9 mil milhões de dólares, de acordo com um relatório publicado no ano passado pela Associação da Indústria de Satélites.
Os acidentes, no entanto, continuam inevitáveis à medida que o campo espacial amadurece, disse Mike Leinbach, ex-diretor de lançamentos da NASA. “O voo espacial é como qualquer outro grande sistema de engenharia”, disse destacando que as aeronaves tornaram-se mais seguras após o acidente.
A conquista do espaço demonstra o quanto a ciência avançou e pode avançar. Num vaivém espacial temos a aplicação dos mais recentes avanços científicos. Porém, como em todas as criações humanas, podem existir falhas. Este acidente é um exemplo desta sempre presente possibilidade e recordar é uma forma de reaprendermos.
1º voo Challenger em 1983


Autor:

Henrique Andrade, 6ºB

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