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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Entrevista com Mónica Sousa


Entrevista com a Dr.ª Mónica Sousa, Presidente da Associação Portuguesa de Geólogos
CCM NEWS: Porque quis ser geóloga?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Quando era criança adorava apanhar fósseis. Quando ia de férias para o Algarve, por exemplo, lembro-me de andar constantemente à procura de fósseis e ficava fascinada com as formações rochosas que observava durante as viagens e tinha a vontade de perceber como se tinham formado e porque estavam ali. Os sismos e os vulcões eram também fenómenos que me fascinavam e que eu gostaria de estudar. Como sempre gostei da Natureza e de estar em contacto com ela, percebi desde muito cedo que a área com que me identificava era a Geologia e que gostaria de um dia ser geóloga.
CCM NEWS: Que área da Geologia lhe fascina mais? Porquê?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Embora não esteja a trabalhar nessa área, sem dúvida que a Sismologia e a Vulcanologia são as áreas que mais me fascinam. Gosto também da Geocronologia (datação absoluta de rochas), uma das áreas do meu trabalho e dos Recursos Minerais e interesso-me bastante pela área dos Riscos Geológicos.
CCM NEWS: Qual a área da Geologia de maior potencial no século XXI? Porquê?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Sem dúvida que a área relacionada com os Recursos Geológicos continuará a ser uma área das áreas de maior potencial no século XXI, quer sejam os recursos minerais, os recursos energéticos, de que destaco o petróleo, bem como os recursos hidrogeológicos (uma vez que a água é o recurso natural mais importante).
Dentro dos recursos minerais destaco a crescente aposta nos recursos minerais dos oceanos. Portugal detém a 3ª ZEE e os maiores recursos minerais nacionais estão precisamente no fundo do mar. As zonas mais promissoras são as fontes hidrotermais (blacksmokes) que geram grandes depósitos de sulfuretos que contêm ouro, cobre, manganésio, zinco, e outros metais.Estimativas mais conservadoras colocariam a exploração dos recursos minerais oceânicos, que incluem ainda ferro, prata, ouro e metais raros, além de gás natural e hidrocarbonetos, nos 20 mil milhões de Euros, catapultando o mar de 2-3% do PIB para 6-8% do PIB.
A reciclagem de metais, conhecida como UrbanMining será também uma área de grande potencial no século XXI.
CCM NEWS: Como é o dia-a-dia de um Geólogo em Portugal?
DR.ª MÓNICA SOUSA: O dia-a-dia de um Geólogo em Portugal depende muito da sua área de trabalho. Poderá estar a trabalhar em investigação numa Universidade (Centros de Investigação), como geólogo nos serviços geológicos portugueses (LNEG), como geólogo numa Câmara Municipal, num Instituto público como por exemplo o ICNF, num Geopaqueou numa empresa, por exemplo direcionada para a Geologia Aplicada, Prospeção, Hidrogeologia, exploração mineira, pedreiras, etc.
Assim, o seu dia-a-dia será diferente consoante o tipo de trabalho que desempenha.
CCM NEWS: Faz investigação? Em que área?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Estou neste momento a terminar a minha tese de doutoramento. Estou a estudar as rochas que se encontram na faixa litoral da cidade do Porto do ponto de vista geoquímico, geocronológico e estrutural, ou seja, pretendemos perceber que tipo de rochas são, como se formaram, qual a sua história e estimar a sua idade.
CCM NEWS: O que gostaria de descobrir? Porquê?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Acho que como muitos petrólogos gostaria de descobrir um mineral novo. Gosto muito de minerais e tenho a certeza que ainda não se descobriram todos. Seria engraçado poder contribuir para a mineralogia com essa descoberta.
Se viesse a trabalhar em sismologia, gostaria de contribuir para uma previsão mais precisa da ocorrência de um sismo.
CCM NEWS: O que diria a alguém que começa a gostar da Geologia?
DR.ª MÓNICA SOUSA: A Geologia é uma ciência extraordinária, que nos permite conhecer a história do nosso Planeta e utilizar de forma sustentada os seus recursos geológicos. Para que essa pessoa pudesse escolher de uma forma mais objetiva a área de estudo ou trabalho no âmbito da Geologia, aconselhava a que participasse em atividades relacionadas com a área: saídas de campo, Universidade Júnior, Ciência Viva no Verão, visitar Universidades, Museus e Centros Ciência Viva, participar nas atividades da APG, por exemplo. Diria também que essa pessoa deveria gostar de aventura, de mudanças, de viajar e que deveria ser uma pessoa persistente.
CCM NEWS: Qual o seu mineral preferido? E rocha? Porquê?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Essa pergunta é difícil, visto que gosto muito de minerais. Destaco a água-marinha, uma variedade de berilo, a fluorite, a turmalina, a granada e o zircão, estes últimos porque são minerais que nos dão respostas muito importantes; com a granada podemos saber a história térmica de uma rocha e com o zircão podemos saber a idade de uma rocha!
Tinha um martelo, uma bussola, um caderno de campo e caneta, uma lupa. Se pudesse apenas escolher um, que objeto levaria consigo para uma ilha? Porquê?
Um martelo faria jeito, mas acho que escolheria um caderno de campo e caneta, para poder apontar tudo aquilo que observasse.
CCM NEWS: Qual a importância da Associação Portuguesa de Geólogos? Qual o seu papel?
DR.ª MÓNICA SOUSA: A Associação Portuguesa de Geólogos foi fundada em 1976. É uma associação sócio-profissional, sem fins lucrativos, que congrega profissionais da Geologia que se dedicam a domínios diversificados no âmbito das Ciências da Terra.
Tem como objetivos:
Representar a profissão de Geólogo junto dos poderes públicos e privados;
Promover a elevação, independência e prestígio da profissão;
Defender os interesses dos Geólogos e da Geologia;
Promover o desenvolvimento científico e técnico dos seus associados;
Cooperar na preparação de leis e regulamentos relativos ao título e ao exercício da profissão;
Intervir no planeamento do ensino da Geologia;
Promover a divulgação da Geologia na sociedade.
CCM NEWS: O que faz para a divulgação da Geologia?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Tenho participado na realização e organização de várias atividades de divulgação da Geologia. Desenvolvi o projeto do Passeio Geológico da Foz do Douro e tenho tentado continuar a realizar visitas. Sou coordenadora e monitora do Programa Geologia no Verão da Ciência Viva pela APG e pela FCUP. Organizei e organizo vários eventos de divulgação científica, como por exemplo, as Rotas da Ciência que decorreram no Porto há uns anos, exposições nas estações de metro no âmbito do Porto Cidade de Ciência, preparação de uma exposição num museu em Santo Tirso, organização de uma exposição de fotografia relacionada com a Geologia. Na APG sou uma das organizadorasdo Seminário “A Geologia na Rota da Vinha e do Vinho” direcionado quer a profissionais quer ao público em geral. Utilizo o facebook. Falo de Geologia a toda a gente!
CCM NEWS: O que dizem os seus olhos?
DR.ª MÓNICA SOUSA: Os olhos permitem-me observar e descobrir novos mundos. Acho que acima de tudo transmitem curiosidade.
Entrevista conduzida por:

Carla Neto, 10º B
Joaquim Pinto, 11º A
Inês Cunha, 11º A
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O comércio externo português

De acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal, verificou-se, nos últimos anos, uma melhoria sucessiva do saldo da Balança de Bens e Serviços, que passou de um valor extremamente deficitário de – 16383 milhões de euros, no ano de 2008 para um saldo superavitário de 111 milhões de euros no ano de 2012, refletindo a evolução das exportações e importações bem como alguns sinais positivos da economia do país.
Para esta situação contribuiu essencialmente a evolução positiva das exportações que apesar de registarem uma queda de 8727 milhões de euros entre 2008 e 2009, passando de 57066 para 48339 milhões de euros, conseguiram recuperar uma tendência de crescimento a partir desse ano. Em 2010 registaram o maior crescimento em termos monetários comum a taxa de variação de 13,7% face ao ano anterior. Em 2012, atingiram o nível mais elevado (64 625 milhões de euros) superando o valor das importações (64514 milhões de euros) o que permitiu alcançar um saldo positivo na Balança de Bens e Serviços e, consequentemente, uma taxa de cobertura superior a 100% uma vez que o valor das exportações cobriu por completo o valor das importações.
A melhoria do saldo da Balança de Bens e Serviços, explica-se também pelo comportamento das importações. Com exceção das quedas verificadas de 2008 para 2009 e de 2011 para 2012, as importações têm aumentado. No entanto, o crescimento registado pelas importações foi consideravelmente menor do que o apresentado pelas exportações, dado que apesar de assinalarem valores mais elevados, as suas taxas de variação foram muito mais reduzidas em relação às exibidas pelas das exportações.
Desta forma, inverteu-se a tendência negativa do saldo da Balança de Bens e Serviços registada na última década.
Segundo a mesma fonte, em 2013 as exportações de bens e de serviços registaram um aumento de 6,1% face ao ano anterior, e as importações assinalaram um crescimento mais moderado de 1,6%. Desta forma, o saldo da Balança de Bens e Serviços, manteve-se positivo no ano de 2013.

Fontes: INE, AICEP (Agência para o investimento e comércio externo de Portugal)
No que respeita à distribuição geográficado comércio internacional português, a União Europeia é o principal paceiro comercial de Portugal.
As exportações de bensdestinam-se maioritariamente ao mercado da União Europeia (72,1% do total no primeiro semestre de 2014), sendo que registou um aumento relativamente ao período homólogo de 2013 (70,8%). Os Palop são o segundo destino mais importante (7,3% do total no primeiro semestre de 2014).
Os principais clientes de Portugal são Espanha, França, Alemanha, Angola e Reino Unidorepresentando23.9%, 12.3%, 12.2%, 6.0% e 6.0% do total, respetivamente.

Ao nível das importações de bens, a União Europeia continua a ser o principal mercado abastecedor de Portugal (74,8% do total no primeiro trimestre de 2014), seguido dos Palop (2,9% do total no primeiro trimestre de 2014).
Os principais fornecedores de Portugal são Espanha, Alemanha, França, Itália e Países baixos representando 31.9%, 12.8%, 7.2%, 5.3% e 5.1% do total, respetivamente.


Relativamente aos produtos exportados, as Máquinas e aparelhos lideram as vendas ao exterior no primeiro semestre de 2014, representando 14,7% do total das exportações de bens, seguido pelosVeículos e outro material de transporte (11,7%), Metais comuns (8,1%), Combustíveis minerais (7,5%) e Plásticos e borracha (7,4%).
Referentemente às importações, os cinco grupos de produtos que lideram as compras efetuadas ao exterior no primeiro semestre de 2014 são os Combustíveis minerais, Máquinas e aparelhos, Veículos e outro material de transporte, Produtos químicos e agrícolas, sendo que, na globalidade, representam 64,1% do total das importações.


Autores:

Bárbara Vitorino, 11.ºB
Jéssica Madeira, 11.ºB
Mariana Magalhães, 11.ºB
 


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O desporto é Matemática em movimento


A matemática está presente, diariamente, nas nossas vidas. Esta contribui bastante na construção, nas várias ciências e, em particular no desporto, em que é necessário o raciocínio face aos objetivos dos diferentes jogos desportivos.


Jogadores “Inteligentes” 
Todos os jogos desportivos têm um vencedor. Uma equipa necessita de jogadores fisicamente e matematicamente dotados para ter uma maior probabilidade de vencer cada jogo. Um atleta habilidoso com a bola (superfície esférica), não é necessariamente um jogador talentoso tecnicamente. O senso comum confunde técnica com habilidade, o que é um erro crasso. De facto, a técnica é a capacidade de tomar decisões importantes em frações de segundos. Os diferentes jogos desportivos estimulam o raciocínio e os atletas mais capazes do ponto de vista matemático e físico são aqueles que se tornam as grandes estrelas mundiais. É comum a denominação de “jogador inteligente” para classificar determinada ação que teve sucesso. A “visão de jogo” é outra das classificações dos atletas que têm uma grande perceção geométrica do espaço físico onde se desenrola a ação desportiva. 
O “cálculo do ângulo” de remate, o “controlo da sua velocidade”, e da direção da superfície esférica é um momento de puro raciocínio em correlação com o simples ato de rematar. Simultaneamente, o guarda redes precisa de efectuar uma “rápida análise da trajectória da superfície esférica” para, que esta não viole o retângulo que constitui a baliza que o guarda redes defende. 

Os recintos de Jogo 
É comum dizer que o Futsal é 4 vezes mais reativo do que o futebol de 11. Como é que se determinou esta razão que relaciona dois desportos tão parecidos, mas que se desenrolam em retângulos de áreas bem distintas? A área de um campo de futebol é aproximadamente 6500 metros quadrados, e cada um dos 22 atletas terá ,em média, 295 metros quadrados disponíveis para “pensar” e executar as suas decisões.  Analogamente, a área de um campo de futsal é 800 metros quadrados, que são divididos pelos 10 atletas, ficando 80 metros quadrados disponíveis para cada atleta. O quociente entre 295 e 80 é, aproximadamente 3.7, pelo que é comum dizer-se que o futsal exige um raciocínio e uma movimentação 4 vezes mais rápida do que o futebol de 11. Tudo é MATEMÁTICA e essa evidência é particularmente frequente no DESPORTO, pois são aplicações da matemática em diferentes situações de competição em que o raciocínio e a tomada de decisão são os aspectos fundamentais que separam a vitória da derrota.


A metodologia da Educação Física e da Matemática é muito parecida, pois quando efetuamos a repetição de muitos exercícios, estamos a preparar o nosso corpo e a nossa mente para que possam atuar de forma rápida e eficaz sobre os problemas que nos colocam. Ambas as áreas têm a ganhar uma com a outra, pois a análise de dados é fundamental para a concretização dos objetivos das diferentes modalidades desportivas. Por outro lado, um corpo são ajudará a criar uma mente mais disponível para “pensar “ e procurar resolver os diferentes desafios quer da escola, quer da vida real.
Esta dialética é permanente e constitui um dos maiores desafios para a manutenção do equilíbrio do ser humano.


Autores:

José Miguel Gonçalves, 8ºB
Nuno Leonel Ferreira, 8ºB

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Apreciações críticas do filme “Os Maias” do realizador João Botelho

Após visionamento pelas turmas do Ensino Secundário no dia 2 de outubro de 2014

No âmbito da disciplina de Português, foi planificada uma visita de estudo para permitir que os alunos assistam à adaptação cinematográfica do romance “Os Maias” de Eça de Queirós pelo realizador português João Botelho, obra que consta do programa de ensino secundário e poderá ser sujeita a avaliação no exame nacional. Pretendeu-se, deste modo, mobilizar conhecimentos prévios ou antecipar a leitura da obra em causa, apreender os sentidos da linguagem cinematográfica e promover a avaliação crítica e fundamentada de filmes com base em textos literários.
Dos seus trabalhos, destacam-se alguns comentários, uns controversos, outros severamente críticos ou entusiasticamente fiéis à obra queirosiana.

“A história retrata a vida detalhada de três gerações da família Maia e os seus obstáculos, quer a nível social, quer a nível pessoal, dando ainda uma visão pormenorizada da vida da classe média-alta. Critica-se essa forma de vida fútil e passiva e o retrocesso que reinava na capital portuguesa do século XIX.” (Hugo Meireles, 12.ºA)

 “A morte de Afonso não foi bem conseguida e a caracterização exterior do Ramalhete pedia mais do que apenas uns segundos de jardim com uma pequena cascata.” (Micaela Lucas, 12.ºA)

“A personagem de Afonso foi muito pouco explorada, sendo que, de uma personalidade presente ao longo de todo o livro, passou a uma mera sombra do neto. Da mesma forma, penso que a conotação da personagem de João da Ega foi completamente deturpada, ocupando o lugar de bobo da corte.” (Mafalda Alves, 12.ºA)

“Todos os atores têm reconhecimento e prática na interpretação, pelo que ilustram com dedicação os empréstimos, mostrando a influência de outras línguas em Portugal e reconstroem uma relação de verosimilhança com o próprio livro queirosiano, mantendo a fidelidade da sua escrita.” (Marta Dias, 12.ºA)

“O romance de Carlos e Maria Eduarda esteve bem representado com pormenor, assim como os espaços que ilustram a sua relação amorosa. Por outro lado, a relação de Carlos com a condessa de Gouvarinho não teve muito desenvolvimento e relevância ao longo do filme, bem como a de Ega com Raquel Cohen.” (Francisca Namora, 12.ºA)

“Apesar de esta [banda sonora] ter ficado aquém das expectativas, no entanto, será de felicitar o realizador pelo facto de ter optado pelo fado para acompanhar o momento em que Maria descobre que Carlos é seu irmão, pois sublinha a tragicidade e a identidade portuguesa.” (Maria Gonçalves, 11.ºA)

“Como aspetos positivos, é de se fazer notar, em primeiro lugar, a qualidade representativa e interpretativa do ator que encarna a personagem de Ega, pela sua exemplar prestação neste filme. De seguida, é necessário apontar e aplaudir o facto do realizador português conseguir, através de cenários construídos em estúdio, alcançar uma profundeza espacial que nos transporta para a época do romance, contribuindo para a coesão sequencial das cenas.” (Nuno Medeiros, 11.ºA)

“Não simpatizei com algumas escolhas dos cenários, nomeadamente, os cenários exteriores, já que não eram reais. Contudo, os cenários interiores, principalmente o Ramalhete, a “Toca” e o consultório de Carlos, foram cuidadosamente decorados, fazendo referência a pormenores presentes no romance. Para além disso, penso que a boa prestação dos atores contribuiu para o enriquecimento e para a vivacidade do filme.” (Eduardo Sousa, 11.ºA)

“Quanto ao desempenho dos atores, era de esperar uma maior participação de Afonso da Maia, tendo em conta a sua relevância no livro. A maior desilusão é Carlos da Maia, a representação desta personagem não mostrava qualquer emoção e a relação deste com o seu avô não foi explorada, sentindo-se algumas vezes a artificialidade das emoções. Porém, há que louvar a interpretação de personagens como Ega e Alencar que se mantiveram fiéis ao livro, trazendo leveza ao filme e conquistando o público.” (Maria Eduarda Santos, 11.ºA)

“João Botelho conseguiu alcançar o que a maioria dos realizadores de cinema não consegue, uma adaptação cinematográfica digna do livro que a inspirou.” (Bárbara Vitorino, 11.ºB)

“A mais notável atuação é a de Ega (Pedro Inês), tão cativante e interessante como a personagem no livro. A sua presença anima a cena em que se encontra, e, quando este desaparece, ansiamos pelo seu hilariante regresso, pois, apesar de boas, as outras personagens são desprovidas de paixão.” (Pedro Sebastião, 11.ºA)

“Apesar de esta adaptação ser mais prudente comparativamente à experiência de leitura da obra homónima, creio que o resultado final foi muito bem conseguido graças às ideias inovadoras da equipa técnica e à prestação dedicada do elenco a este projeto.” (Joaquim Pinto, 11.ºA)
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A importância da Fundação de Serralves para a dinamização Cultural do Norte


A Fundação de Serralves está localizada no Parque de Serralves na cidade do Porto, onde também se situa a Casa e o Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Esta fundação foi criada em 1989, sendo o resultado de uma parceria entre o Governo Português, instituições públicas, privadas e particulares. Neste ano de 2014, em que a Fundação comemora o seu vigésimo quinto aniversário, além do seu Museu celebrar 15 anos, será importante pensarmos no seu papel na cultura em Portugal.
O papel que a Fundação desempenha na promoção das artes e da cultura na cidade, no Norte e no país é inequívoco. Para tal, bastaria, quiçá, ver a quantidade de pessoas que inundam todos os anos as exposições e os eventos organizados por Serralves, em particular “Serralves em Festa”. Porém, ainda recentemente, Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa condecorou a Fundação com o título de Membro Honorário da Ordem Sant’Iago da Espada, por aquilo que fez “em prol do desenvolvimento cultural e económico e da própria projeção internacional da cidade, da região e do País.”
Uma visita ao site da Fundação permite-nos verificar que, estatisticamente, a Fundação de Serralves tem o Museu mais visitado em Portugal. Senão vejamos alguns números de visitantes: em 2006 cerca de 316 mil; em 2007 mais de 360 mil; em 2008 mais de 412 mil; e até 2012 nunca mais voltou a baixar dos mais de 400 mil, sendo que em 2011 atingiu 473.903 visitantes. Se pensarmos que o Museu dos Coches, o museu mais visitado da Rede Portuguesa de Museus, em 2012 teve pouco mais de 184 mil visitantes, estamos perto de compreender a projeção cultural e museológica de Serralves.
Deste modo, deitemos um olhar sobre esta instituição cultural. A Casa e o Parque são a expressão do desejo e a realização do sonho de Carlos Alberto Cabral, o 2º Conde de Vizela. A Casa é um exemplar da Art Déco dos anos 30 do século passado. Este estilo artístico, herdeiro da Art Noveau, é uma tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação, marcado pelo rigor geométrico e pela predominância de linhas verticais.
O projeto do Museu de Serralves, trabalho do arquiteto Siza Vieira, teve início em 1991. Em 1999 foi inaugurado este novo edifício, harmoniosamente integrado com a envolvente urbana e os espaços pré-existentes dos jardins do Parque e da Casa. O objetivo do museu de Serralves é sensibilizar o público para a Arte Contemporânea e para o Ambiente. A Fundação tem, na realidade, como fins incentivar o debate e a curiosidade sobre a arte, a natureza e a paisagem, educar de forma criativa e promover activamente a reflexão sobre a sociedade contemporânea.
Assim, conclui-se que este museu é muito importante para a dinamização da arte no norte, permitindo aos portugueses, que aí vivem, conhecer melhor a arte contemporânea e todas as suas características. Possibilita também o aumento do conhecimento e da curiosidade do público sobre a arte. “Mas a Fundação de Serralves, sendo inequivocamente uma das principais instituições portuguesas de cultura e, além disso, uma referência no meio artístico internacional, é também um caso de sucesso em termos de impacto económico, através da qualificação e do aumento global do turismo que tem vindo a gerar” – afirmou o Sr. Presidente da República no passado dia 3 de dezembro.
Para concluir, visitar o Museu é sempre mais do que visitar as suas exposições. É também descobrir as particularidades de cada espaço que compõem esta obra arquitetónica e cultural, com uma forte estrutura organizada e uma grande flexibilidade e capacidade de transformação que dá resposta à diversidade e imprevisibilidade da arte contemporânea que aqui é exposta.
O Museu e o Parque da Fundação de Serralves ficam a aguardar a tua visita.
Autores:

Beatriz Neves, 9º A
Leonor Pinto, 9º A
Tiago Cunha, 9º A
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Professor por um dia…

No âmbito da disciplina de Português e do estudo da obra de leitura orientada “O Cavaleiro da Dinamarca” de Sophia de Mello Breyner Andresen, as turmas do sétimo ano realizaram um trabalho colaborativo, assumindo o papel de “Professor por um dia”. 
Esta atividade levada a cabo pela docente Vânia Sousa teve como objetivos: promover o relacionamento interpessoal e de grupo, fomentar alunos autónomos, responsáveis, criativos e reflexivos sobre o seu próprio processo de ensino/aprendizagem, assim como o tratamento da informação/verificação da leitura e o uso correto da língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar o pensamento próprio.
O que pensam os alunos da profissão de professor? Eis alguns comentários à atividade desenvolvida.


Tomás Moura, 7ºB, nº 16

Ser professor é ser responsável pela educação de alguém. É uma enorme responsabilidade. O professor tem de tratar a informação, estudar, cooperar e respeitar as opiniões/ideias dos outros. Um bom professor tem de colaborar e promover o bom relacionamento interpessoal da turma.
Com a minha experiência de “Professor por um dia”, aprendi que ser professor é bem mais difícil do que eu inicialmente pensava. Tive de repreender os meus colegas pelas suas atitudes menos adequadas ao contexto de sala de aula, apelando ao bom comportamento dos mesmos, esclareci dúvidas que foram surgindo, etc. Com este trabalho, pude aprofundar o estudo da obra “O Cavaleiro da Dinamarca” e relembrar certos pormenores da mesma.

Marcelo Gonçalves, 7ºB, nº 9

Para mim, ser professor é uma profissão difícil, porque não se pode ter medo de falar em público, nem de assumir responsabilidades ou errar. Um bom professor tem de ser organizado, pontual, captar a atenção dos alunos e dinâmico, para que a aula não seja aborrecida.
A atividade “Professor por um dia” foi engraçada e enriquecedora, pude partilhar as minhas opiniões com os meus colegas e juntos chegámos a um acordo, o que nem sempre foi fácil.
Ser professor pode ser uma profissão difícil, mas a meu ver também é um trabalho bastante gratificante na medida em que os alunos de hoje, serão os trabalhadores de amanhã.

Maria Ana Silva, 7ºB, nº 11

Para mim, ser estudante é uma dádiva que devemos cuidar e estimar. (…) Para conseguir atingir o sucesso disciplinar, podemos contar com os professores que estão sempre disponíveis para nos ajudar. Ser professor não é um brinquedo, nem é tão fácil como parece….
Recentemente, foi-nos proposto um trabalho de grupo cujo objetivo era entregar-nos ao papel de professor. (…) Com esta atividade, compreendi que para ser professor precisamos de organizar as aulas, saber comunicar e ter autoridade. Também é necessário organizar o nosso tempo, ser responsável, autónomo e criativo.

Gonçalo Costa, 7ºB, nº 4

“Professor por um dia” foi um trabalho árduo, pois nunca tinha realizado uma atividade com tanta responsabilidade. Quando chegou o momento da apresentação, fiquei envergonhado, foi um momento difícil, mas todos participaram ordenadamente e no final fiquei muito aliviado. Quando for grande, não quero ser professor!!!!! Contudo, esta atividade ajudou-me a vencer os meus medos e a respeitar as opiniões dos meus colegas, assim como a relembrar certos pormenores da obra.

Marta Barbosa, 7ºB, nº 15

Realizar a atividade “Professor por um dia” foi uma tarefa importante para mim, para eu me dar conta dos aspetos positivos e negativos desta profissão.
Ser professor é uma boa profissão, ajuda-nos a olhar para os outros e a compreendê-los, a enfrentar novos desafios, a conhecer novas pessoas… Esta atividade permitiu-me aprender a trabalhar em grupo, a respeitar as sugestões dos meus colegas, a ser mais organizada e criativa. Mas ser professor também requer uma enorme paciência face ao mau comportamento dos alunos, entre outras coisas.
Desta forma, penso que a minha experiência como professora por um dia foi bastante gratificante e espero repeti-la.

João Vieira, 7ºA, nº13

Ser professor é ser a ponte entre o saber e o aluno, é ser alguém que transmite conhecimentos, é ser uma pessoa respeitada por todos. O professor é um ser humano, por isso erra, ele também aprende com os alunos, pois ninguém é perfeito. O professor é também um amigo, um conselheiro, não é uma pessoa que dita a matéria. Enfim, ser professor é uma fonte de conhecimento e só aprende quem quer. Ele é um modelo a seguir.
Quando fui “Professor por um dia”, aprendi que os alunos não têm o devido respeito pelo professor e que este tem muito mais trabalho do que eu pensava. A realização desta atividade permitiu-me conhecer profundamente a obra “O Cavaleiro da Dinamarca”, pois tive de preparar a aula muito bem. A meu ver, com este tipo de aulas, temos um melhor aproveitamento.

José Henrique Santos, 7ºA, nº 14

Ser professor é uma profissão muito importante na sociedade, pois este define o futuro da criança/adolescente (a educação, a via profissional, a cultura, …). Esta profissão tem de ser entregue a uma pessoa que goste de transmitir os seus conhecimentos aos alunos, mas não é só isso… Penso que ele tem de ter uma boa relação com os mesmos, pois isso facilitará o esclarecimento de dúvidas e a organização dentro da sala de aula.
Na minha opinião, esta experiência de “Professor por um dia” foi bastante positiva, pois fui capaz de perceber que é difícil manter a organização dentro da sala de aula, porque os alunos nem sempre facilitam o trabalho do professor, para além de ter relembrado certos pormenores da obra e de a compreender melhor.

Catarina Lopes, 7ºA, nº 7

Na minha opinião, ser professor é muito difícil, pois temos de conseguir impor disciplina nos alunos. Os professores têm uma tarefa exigente, tendo de trabalhar noite e dia para preparar as aulas, corrigir as tarefas dos Menus de Trabalho de Casa, os testes e avaliar os alunos. Para ser professor, tem de se ter a capacidade de ensinar, explicar, enfrentar, acreditar e lutar.
Na disciplina de Português foi-nos proposta a atividade “Professor por um dia” e senti algumas dificuldades… No dia da minha apresentação, irritei-me, pois quando o meu grupo queria apresentar o trabalho, os colegas nem sempre nos respeitavam. Também foi difícil elaborar respostas-modelo para o Guião de Leitura Orientada, mas em conjunto com os meus colegas a tarefa tornou-se mais divertida, aprendi com eles e respeitei as suas ideias. Esta atividade promoveu a minha autonomia, responsabilidade, mas também o respeito pelo outro, e pude reforçar os meus conhecimentos da obra.
Gostei muito de realizar este trabalho e espero no futuro repetir este tipo de atividade.

Teresa Ferreira, 7ºA, nº20

Para mim, ser professor é dar e receber. Os professores dão o conhecimento sobre o passado, o presente e o futuro, e também o recebem por parte dos alunos.
A experiência que eu tive de ser professora por um dia foi árdua, mas interessante, pois tive sempre de pensar se os meus colegas iriam perceber o que eu estava a tentar transmitir e se não iriam pensar que era monótono e enfadonho.
No final deste trabalho, concluí que ser professor é exaustivo, mas compensador, pois dá muito trabalho, mas a interação com os alunos compensa o cansaço.

Ana Mafalda Caetano, 7ºA, nº 3

Na minha opinião, ser professor é ser alguém que consegue educar os seus alunos e também ensiná-los, ou seja, é alguém que tem a capacidade de transmitir a outros o seu conhecimento sobre algo.
Para mim, ser “Professor por um dia” foi uma experiência ótima, pois estive na posição de um verdadeiro professor e tive de tentar transmitir o que sabia sobre aquele tema (“O Cavaleiro da Dinamarca”). Foi complicado manter a turma em silêncio e conseguir apresentar o trabalho, contudo tive a oportunidade de estar no papel de professor e isso foi bastante entusiasmante e enriquecedor.
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