Evolução da Educação em Portugal
Dominada pela Igreja e pelos Jesuítas, foi apenas no reinado de José I, pelas mãos de Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal, que a educação em Portugal começou a evoluir. Esta, aquando se encontrava sobre o domínio Jesuíta caracterizava-se como lenta, seletiva (uma vez que muitos conhecimentos eram censurados) e religiosa, sendo que tudo isto levou à sua expulsão pelo Marquês, que na década de 1770 tomou a educação como uma posse do Estado, levando a que esta fosse acessível a toda a população.
Atualmente, a educação continua em constante evolução, sendo que as medidas aplicadas pelo Marquês de Pombal foram sendo aperfeiçoadas de modo a que a educação no nosso país pudesse chegar a toda a população, diminuindo a taxa de analfabetização e aumentando a taxa de escolarização nacional no ensino superior.
Contudo, este aumento não foi generalizado uma vez que o Algarve apresentou uma diminuição de cerca de 2% na década em causa, o que levou a uma diminuição, ainda que muito pequena, da média nacional.
Com este constante aumento da escolarização em Portugal, o mercado de trabalho tornou-se cada vez mais restrito, levando a que apenas os melhores pudessem fazer parte do mesmo. Devido a estas restrições a população teve necessidade de se distinguir levando a que a formação ao longo da vida fosse cada vez mais importante para a população trabalhadora. Assim, as pessoas apostam cada vez mais na formação ao longo da vida e na obtenção de maiores qualificações académicas, como por exemplo mestrados e doutoramentos, de modo aumentarem os seus conhecimentos e especializarem-se num determinado ramo, aumentando assim a sua competitividade e diminuindo a probabilidade de despedimento.
Atendendo à evolução do mercado de trabalho, juntamente com a evolução da educação nacional, a população portuguesa virou-se para as ciências e para as tecnologias, levando a que se registasse aumentos bastantes significativos num período de 10 anos (2005-2015).
Este aumento, apesar de existir a nível nacional não foi totalmente generalizado, uma vez que apenas a região Norte, Centro e Lisboa registaram esse aumento. Assim sendo, regiões como os Açores, Madeira, Alentejo e Algarve nadaram contra a corrente e apresentaram uma redução no seu número de licenciados em áreas de ciência e tecnologia.
Educação portuguesa do Século XIX vs Educação portuguesa atual
Como é possível observar nas estatísticas acima apresentadas, a educação nacional encontra-se num processo de grande evolução, sendo que a edução portuguesa do século XIX é muito diferente da educação atual.
No século XIX, em Portugal, a educação era tradicionalista, católica e conservadora, sendo valorizada a memorização, a moral do catecismo, a devoção religiosa juntamente com a conceção punitiva do pecado que, em conjunto, não permitiam o desenvolvimento do pensamento crítico, bem como a aprendizagem de conhecimentos verdadeiros e empíricos.
Atualmente, a educação portuguesa está muito longe daquilo que outrora foi. Investimentos, apostas em novos métodos e vontade de trabalhar por um bem comum levaram a que esta evoluísse e atingisse o nível onde hoje se encontra.
Hoje em dia, em Portugal, nas nossas escolas valoriza-se o pensamento crítico, por isso temos Filosofia; valoriza-se o raciocínio, por isso temos Matemática durante 12 anos; valoriza-se a linguagem, quer nacional quer internacional, por isso temos Português e Inglês; valoriza-se a escolarização de toda a população, por isso temos o ensino obrigatório. Atualmente, em Portugal, valoriza-se o conhecimento.
Ensino Superior em Portugal
Atualmente em Portugal o ensino superior representa o que há de melhor no nosso país, instituições públicas como a Universidade do Porto, do Minho e de Lisboa são a prova viva disso, disponibilizando ensino de qualidade elevada a preços reduzidos. A universidade do Minho, devido a investimentos realizados e à sua mentalidade empreendedora foi capaz de desenvolver cursos bem sucedidos, alcançando assim um elevado estatuto nacional e adquirindo o apoio de multinacionais como a Google, a Microsoft e a Bosch, com quem possui parcerias e relações laborais, levando a que os seus alunos tenham mais facilmente a porta aberta para um emprego nestas empresas de renome.
No entanto, também existem instituições de caráter privado, como a Porto Business School, a Nova School of Business and Economics e a Católica Lisbon School of Business and Economics, sendo estas reconhecidas internacionalmente pela Financial Times, que considera estas universidade portuguesas como sendo das melhores a nível europeu e mundial, apresentando também uma das melhores relações preço qualidade, o que permite a atração de alunos de todo o mundo.
Exportação de conhecimento
País pequeno junto ao mar, país pequeno com potencial enorme, país pequeno com mentes brilhantes. Portugal, dada a sua dimensão populacional e territorial não é dos países com maior importância económica e social a nível mundial. Contudo, a educação portuguesa permite-nos exportar personalidades que brilhantemente ocupam cargos de elevada importância mundial, como é o caso de António Guterres, António Horta Osório, Vítor Constâncio e António Damásio.
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António Guterres |
António Manuel de Oliveira Guterres formado no Instituto Superior Técnico em Engenharia Eletrotécnica é um engenheiro e político português e, também, o nono secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), tendo exercido o cargo de Alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados até 2015.
António Guterres foi também secretário geral do PS (Partido Socialista) e Primeiro Ministro do Governo português.
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António Osório |
Licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, tendo sido nos últimos três anos do seu curso Professor Assistente de várias cadeiras do curso de Gestão, António Horta Osório é um economista, professor e banqueiro português.
Atualmente, é o CEO do Lloyds Bank, tendo anteriormente sido um dos principais responsáveis do Grupo Santander.
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António Damásio |
António Rosa Damásio é um neurologista e neurocientista português que trabalha no estudo do cérebro e das emoções humanas.
Licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde veio também a doutorar-se.
Ao longo da sua vida foi distinguido com vários prémios, tendo também publicado alguns livros, tendo a sua primeira obra sido eleita como um dos 10 livros do ano em 2001.
À medida que o tempo avança o mundo evolui connosco, nós moldámos o mundo e a sociedade; a educação é um exemplo disto. Retrógrada, incompleta e pouco fiável no século XIX, passou a ser empírica, real, capaz e de qualidade na atualidade.
Portugal é pequeno e nós exportámos o que podemos, produzimos o que podemos, sendo o azeite, o calçado e a cortiça vistos como a principal exportação portuguesa. Contudo, isto está muito longe da realidade. A maior exportação portuguesa é o conhecimento, são as nossas capacidades, as nossas mentes… os nossos compatriotas. Portugal chegou a um ponto em que apesar de não ser territorialmente conhecido é reconhecido pelo mundo como o país que dá à sociedade mentes brilhantes, mentes capazes de liderar e de descobrir. Já fomos conquistadores um dia. Porque não sê-lo agora? A educação é uma ferramenta poderosa, e a nossa… poucas rivais tem. O português consegue competir com qualquer um, o português não se deixa vencer, o português é reconhecido lá fora, a educação portuguesa é reconhecida lá fora.
O V Império de Pessoa está a crescer, mas cabe-nos apenas nós dar-lhe forma.
Autor:
Bruno Cruz, 12º C