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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A sociedade de consumo - Direitos e deveres do Consumidor

Na atualidade, vivemos numa sociedade denominada Sociedade de Consumo que surgiu com a Revolução Industrial. O processo de industrialização levou à produção em grande escala originando crises de superprodução que tornaram a oferta excedentária relativamente à procura. Perante este cenário, os industriais começam a recorrer às diversas técnicas de marketing para manipular o consumidor com o intuito de escoar a sua produção. Assim, surge o consumo de massas e em grande escala de produtos normalizados e de duração efémera. O consumidor altera o seu comportamento no consumo passando a valorizar o ter e não o ser, consumindo de forma irracional, impulsiva e irresponsável, recorrendo ao crédito irrefletidamente e realizando mesmo consumos prejudiciais para a saúde e para o ambiente. Este fenómeno é conhecido por Consumismo. Esta atitude perante o consumo começou a criar problemas sérios às famílias (elevados níveis de endividamento) e às sociedades (poluição ambiental, por exemplo). Como objetivo de “combater” este problema, começaram a surgir organizações que pretendiam promover o consumo racional, seletivo e responsável (com preocupações sociais e ambientais), os denominados movimentos consumeristas. O grande objetivo destas organizações modificar os padrões de comportamento do consumidor. Neste contexto, foi criada a Lei de defesa do consumidor que integra os seus direitos e deveres.
Os principais direitos do consumidor são o direito à qualidade dos bens e serviços, o direito à proteção da saúde e da segurança, o direito à educação para o consumo, o direito à informação, o direito à proteção dos interesses económicos, o direito à reparação dos prejuízos e o direito à representação e consulta. 
Entre os deveres, destaca-se o dever de consciência crítica, o dever de ação, o dever de preocupação social, o dever de consciência do meio ambiente e o dever de solidariedade.
O consumerismo levou ao aparecimento de diversas instituições, públicas e privadas, como por exemplo a DECO (Associação de Defesa do Consumidor), a ACOP(Associação dos Consumidores de Portugal) e Direção-geral do Consumidor e os Centros de Arbitragem de Consumo, cujo objetivo é formar e educar o consumidor e promover a consciencialização da sociedade para proteger quer o consumidor (o seu endividamento e a sua saúde) quer o meio ambiente.

Autor:
José Francisco, 10º C

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CERN – um laboratório para o mundo

A Organização  Europeia para a Pesquisa Nuclear (em francês: Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire) conhecida por CERN (antigo acrónimo para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) é o maior laboratório de Física de partículas do mundo, localizado em Meyrin, na região em Genebra, na fronteira franco-suíça. A sua atividade é poesia no mundo da ciência Física.
Criado em 1954 a organização tem vinte Estados Membros e, em 2010 tinha um efetivo de aproximadamente 2400 funcionários em tempo integral. Além disso, mais de 11000 cientistas e engenheiros, representando 580 universidades e centros de pesquisa de 80 nacionalidades diferentes. A assinatura da adesão de Portugal deu-se em 1985, iniciando-se efetivamente o trabalho dos investigadores a 1 de janeiro de 1986.
O CERN é financiado por vinte Estados: Alemanha; Áustria; Bélgica; Bulgária; Dinamarca, Espanha; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Itália; Noruega; Polónia; Portugal; Reino Unido; República Checa, Eslováquia; Suécia e Suíça. Por sua vez, oito organizações internacionais e países possuem o estatuto de observador no Conselho do CERN: a União Europeia; Índia; Israel; Japão; Rússia; Turquia; UNESCO; e Estados Unidos da América.
O centro possui equipamentos necessários para a pesquisa de alta energia física pelo que várias experiências têm sido efetuadas por colaborações internacionais. A organização de investigação nuclear tem como vocação a física, no sentido de descobrir os constituintes e as leis do Universo. Os investigadores usam instrumentos científicos dos maiores e mais complexos do mundo para estudar os componentes básicos da matéria - as partículas fundamentais. A investigação passa descoberta do que acontece quando as partículas entram em colisão perto da velocidade da luz. O processo dá os físicos pistas sobre como as partículas interagem, e fornece dados sobre as leis fundamentais da Natureza.
O CERN é o maior laboratório de física de partículas do mundo, onde estão a ser realizadas experiências para criarem as condições iniciais da formação do Universo, descobrindo partículas elementares que constituem toda a matéria que nos rodeia, nomeadamente matéria escura e energia escura (cerca de 96% do nosso Universo). Deste modo, utiliza aceleradores e detetores de partículas, dispositivos que se contam entre os maiores e mais complexos instrumentos científicos jamais construídos: o LEP, acelerador de eletrões e positrões, tem uma circunferência de 27 Km, e alguns dos detetores têm as dimensões de edifícios de oito andares.

Autores:

João Ribeiro, 9º A
Mariana Alves, 9º A
Tiago Ribeiro, 9º A
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O Centenário da Primeira Guerra Mundial


Tropas portuguesas em Moçambique (1916)

No passado mês de Agosto celebramos o centenário da 1ª Guerra Mundial. Foram tempos difíceis para os que combateram e para os que ficaram em casa com receio que os que foram não voltassem. Inicialmente todos foram convencidos que a guerra iria ser rápida e que iriam ganhar facilmente, mas não passaram de mentiras. Foi uma guerra demorada e muito sangrenta. Os gastos mundiais foram elevados, mas mais significativas foram as perdas humanas.

A guerra das trincheiras caraterizou-se pelas más e desumanas condições: a comida era escassa, a lama e o sangue misturavam-se e formavam uma pasta que cobria todo o chão, as ratazanas com o tempo tornaram-se mais agressivas e as doenças eram uma das principais causas de morte naquela guerra. Os cuidados médicos eram muito fracos. Vejamos alguns relatos de soldados dessa guerra sangrenta.
Batalha do Somme (1916)

“Corremos que nem loucos para chegar a Beaumont, onde devemos reforçar um batalhão do 32.° regimento. Temos de levantar novelos de arame farpado, o que nos atrasa. Começamos a ter febre e a espumar da boca quando somos obrigados a passar por cima de cadáveres. O barranco está completamente esburacado pelos obuses. Por outro lado, são só buracos de cinco e mesmo dez metros, cheios de cadáveres até acima. De repente, um obus enorme cai do céu, mesmo no meio da 1.ª secção da companhia: dez feridos e quinze mortos volteiam no ar, pedaços de cadáveres caem em todos os lados, e nós somos cobertos por uma chuva de sangue.” (Edouard Bougard, cabo no 208.° Regimento de Infantaria do Exército Francês)
“Os piolhos devoram-nos e reproduzem-se com uma fecundidade assustadora: nascidos de manhã, à noite já são avós!” (Tenente François Mauris, 298 .° Regimento de Infantaria do Exército Francês)
“O terreno é um verdadeiro cemitério revolvido. O nossos abrigos [nas trincheiras], muito profundos e com duas entradas estão cheios de piolhos e de ratazanas enormes que nos devoram. Nunca vi tantas juntas e tão vorazes. “ (Soldado Cautain, 95.° Regimento de Infantaria do Exército Francês)
Naquela época, a guerra  nasceu, talvez na maioria das guerra que o Mundo conhece ou conheceu, por causa de do Nacionalismo Económico. As nações europeias competiam economicamente entre si, alimentando as suas rivalidades históricas, reforçadas com o nascimento do Nacionalismo no século XIX. A partilha de terras e a divisão territórios em África agudizou esse sentimento. Esta divisão desencadeou pressões entre as grandes potências mundiais que despoletaram a 1ª Guerra Mundial.

A paz assinada em Versalhes em 1919 trouxe consigo um novo mapa político da Europa, nasceram, dos escombros dos grandes impérios alemão, autro-húngaro, russo e otomano, novos países: a Polónia; a Checoslováquia; a Lituânia; a Letónia; a Estónia; a Áustria; a Hungria; a Jugoslávia; e a Turquia. Além destas mudanças de territoriais, a guerra trouxe morte e destruição da economia euopeia.

Esta guerra teve consequências humanas e económicas devastadoras para a época. As baixas humanas foram a principal consequência, com mais de 8 milhões de mortos (1,9 milhões na Alemanha, 1,7 milhões na Rússia, 1,4 milhões na França, 1 milhão na Áustria-Hungria e 760 mil na Inglaterra), 20 milhões de feridos e 6 milhões de inválidos (combatentes que depois da guerra ficaram incapacitados de exercer outro trabalho). As consequências económicas foram também muito acentuadas, fazendo com que muitos estados entrassem em crises económicas profundas. A Europa ficou completamente desorganizada, com graves problemas no setor agrícola e industrial. Os grandes beneficiários desta situação foram os EUA e o Japão. No caso do Japão, o país pôde beneficiar do afastamento dos tradicionais concorrentes europeus, o que permitiu o estímulo e a diversificação da sua indústria. Os EUA lucraram também, pois viram as suas reservas de ouro duplicar, ficando nas suas mãos cerca de metade do ouro disponível a nível mundial. Este poderio económico vai permitir ao país substituir, lentamente, a dependência financeira dos europeus, em particular na América do Sul.

Note-se que a guerra começou com rivalidades entre as maiores potências e que terminou sem que estas rivalidades estejam resolvidas. Será que esta guerra valeu a pena? Ou piorou ainda mais o estado mundial? A resposta a esta pergunta é óbvia: Não valeu a pena. A economia ficou destroçada, o mapa da Europa teve de ser redefinido porque o território ficou limitado devido aos escombros da guerra, o efetivo populacional mundial desceu drasticamente e a política ficou fragilizada.

Hoje em dia vivemos numa época em que se verifica cada vez mais os nacionalismos. Estes nacionalismos verificaram-me na época de 1914 porque cada país queria crescer individualmente e África permitia esse crescimento, fornecendo matérias-primas para o desenvolvimento das indústrias e para aumentar o número das exportações. Será que estamos a voltar a um tempo de rivalidades entre potências mundiais? Será que uma 3ª Guerra Mundial poderá se desencadear. Ou será que já estamos em plena 3ª Guerra Mundial, mas em cenários diferentes e com um fio condutor comum?

Autores:
Diogo Almeida,9ºA
Rafael Moreira, 9ºA
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O Estado

O Estado

 
Desde sempre que a natural sociabilidade do Homem o levou a estabelecer relações com os outros, a procurar formas de viver em grupo e, desta forma, a ultrapassar os constrangimentos decorrentes da própria natureza. A vida em grupo permite-lhe, de forma mais eficaz, a satisfação das suas necessidades e a sua realização como pessoa. Contudo, a existência de interesses individuais conflituantes que por vezes são opostos aos interesses coletivos, torna necessária a existência de uma estrutura que possa compatibilizar estes interesses e necessidades. Assim, surge o Estado que integra um conjunto de três elementos, sendo esses o povo, o território e o poder político ou soberania, representando uma sociedade territorial, juridicamente organizada e dotada de poder político.


Em primeiro lugar, é importante destacar que o povo representa o elemento humano do Estado sendo constituído pelo conjunto de pessoas ligadas ao Estado pelo vínculo jurídico permanente da nacionalidade ou cidadania. No caso de Portugal, os indivíduos considerados cidadãos portugueses são todos aqueles que como tal sejam considerados por lei ou por convenção internacional. Esta nacionalidade poderá ser atribuída por vínculo de sangue (se for filho de um cidadão nacional), por vínculo territorial (sendo que um cidadão nacional será todo aquele que nasceu em solo nacional) ou por sistema misto em que se juntem ambos os vínculos.  


Quanto ao território, podemos defini-lo como a área geográfica onde o Estado pode exercer o poder político. Assim sendo, o território de Portugal abrange a região historicamente definida no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Salienta-se ainda que a lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos de Portugal aos fundos marinhos contíguos, segundo o 5º artigo da Constituição da República Portuguesa.


Em geral, o Estado tem como principais objetivos garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam, afiançar os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático. Para além disso, deverá defender a democracia política e assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais. Por último, tem a função de promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os indivíduos, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais.


    Dada a abrangência da atuação do Estado, é necessária a criação de diferentes órgãos de soberania que desempenhem funções diferentes de modo a cobrir todas as áreas de intervenção. Primeiramente, destaca-se o Presidente da República que representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas, sendo ainda o Comandante Supremo das Forças Armadas. Seguidamente, temos a Assembleia da República, que podemos entender como a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses e o Governo que é o responsável pela condução da política geral do país e o órgão superior da administração pública. Por fim, existe o Tribunal Constitucional sendo que é o tribunal ao qual compete especificamente administrar a justiça em matérias de natureza jurídica constitucional. 

Autores:
Bárbara Vitorino, 11.ºB
Jéssica Madeira, 11.ºB
Mariana Magalhães, 11.ºB
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O que é a Economia.

Economia: a ciência do bem-estar

“O facto central que preocupa a Ciência Económica é a escassez de bens. Embora muitos vivam em crescente abundância, existem no mundo milhares de milhões de pessoas que vivem na pobreza absoluta.”  
(Samuelson)


As ciências sociais

Para compreendermos o que é a Economia temos primeiro de perceber o que são as Ciências Sociais. Estas, como o nome indica, são ciências que estudam os fenómenos sociais, ou seja, os factos que decorrem da vida dos homens em sociedade, tais como o desemprego, a emigração, o trabalho infantil, a pobreza, etc. Assim, os fenómenos sociais são estudados por várias ou por todas as ciências sociais, contudo cada uma delas estuda-os segundo uma perspetiva própria. Por exemplo, a Economia estuda os fenómenos sociais de um ponto de vista económico, tornando-os fenómenos económicos. Deste modo pode afirmar-se que os fenómenos sociais são totais e as Ciências Sociais são complementares e interdependentes.
Segundo Sedas Nunes, "o campo da realidade sobre o qual as Ciências Sociais se debruçam é, de facto, um só (o da realidade humana e social) e todos os fenómenos desse campo são fenómenos sociais totais, quer dizer: fenómenos que [...] têm implicações simultaneamente em vários níveis e em diferentes dimensões do real social, sendo portanto suscetíveis, pelo menos potencialmente, de interessar a várias, quando não a todas as Ciências Sociais" (1987, Nunes - Questões preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa: Presença).


A Economia

De acordo com Paul A. Samuelson e William D. Nordhaus, a Economia é a ciência que estuda como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos que têm utilizações alternativas, para produzir bens variados e para os distribuir para consumo, agora ou no futuro, entre várias pessoas e grupos da sociedade cujas necessidades são ilimitadas.
Partindo desta definição, conclui-se que a Economia é a ciência social que estuda o problema da escassez de recursos face às necessidades humanas que são ilimitadas. Por outras palavras, os recursos existem em quantidades insuficientes para satisfazer todas as necessidades humanas. Assim, cabe à Economia estudar formas que possibilitem uma utilização eficiente dos recursos (utilizar o mínimo de recursos para satisfazer o máximo de necessidades) com o intuito de alcançar maiores níveis de bem-estar para a população. Para tal, a Ciência Económica procurará responder a algumas questões fundamentais, designadamente, O que produzir? Quanto produzir? Para quem produzir? Como produzir? Quando produzir? Onde produzir?
Autor:
Bruno Cruz, 10.ºC
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